Frutos da família Myrtaceae: Caracterização físicoquímica e potencial inibitório da atividade das enzimas digestivas
Resumo
As espécies vegetais Campomanesia xanthocarpa (guabiroba), Eugenia uniflora
(pitanga), Eugenia pyriformis (uvaia), Psidium cattleianum (araçá) e Syzygium cumini
(jambolão) estão presentes na Floresta Atlântica e são utilizadas pela população,
para tratar diversas patologias, especialmente o diabetes melito tipo 2. Entretanto, a
eficácia destes tratamentos e o mecanismo envolvido ainda não foram totalmente
elucidados. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar o
potencial dos compostos naturais destes frutos em inibir as enzimas α-amilase e α-
glicosidase que estão envolvidas no metabolismo de carboidratos. Estes frutos
também foram avaliados físico-quimicamente, realizando-se dentre outras análises a
quantificação dos compostos fenólicos totais e a determinação da atividade
antioxidante (métodos ABTS e DPPH). Os extratos metanólicos de P. cattleianum
(acesso 44), S. cumini e E. pyriformis (acessos 11 e 15) inibiram de forma
significativa a atividade da α-amilase. Os extratos metanólicos de P. cattleianum
(acessos 44 e 87) também inibiram a atividade da α-glicosidase, utilizando-se os
substratos maltose e sacarose. Em virtude da atividade antioxidante, da elevada
quantidade de compostos fenólicos e da capacidade de inibição das enzimas
digestivas do metabolismo de carboidratos, os frutos de P. cattleianum (acessos 44
e 87), S. cumini e E. pyriformis (acessos 11 e 15) podem apresentar potencial uso
no manejo da hiperglicemia pós-prandial.
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