O papel desempenhado pela Livraria Universal na cidade de Pelotas no período de 1887 a 1934.
Resumo
Esta dissertação é o resultado de um estudo realizado cujo objetivo foi identificar o papel desempenhado pela Livraria Universal em relação à venda e distribuição de livros na cidade de Pelotas de 1887 a 1934, período no qual a mesma desenvolveu suas atividades nesta cidade. Nesse recorte temporal, a Livraria Universal foi um centro difusor de uma prática sociocultural moderna – a leitura – um legítimo espaço de requinte e bom gosto, tanto no que se refere as suas estruturas físicas, quanto aos materiais que disponibilizava. A partir de contribuições de Hallewell e Machado, os quais apresentam discussões sobre os impressos e seus meios de circulação; também abordamos conceitos e teorias de historiadores da leitura, como Darnton, em relação ao circuito das comunicações e Chartier sobre as representações, dentre os diversos modos de leituras nos diferentes tempos e espaços. Dentro das premissas da Nova História Cultural, a pesquisa documental e bibliográfica, teve como corpus de análises, livros e jornais do final do século XIX e início do século XX, revistas e almanaques produzidos e vendidos pela Universal. A fim de verificarmos quais impressos eram vendidos na Universal, a partir dos diversos anúncios de livros divulgados na Revista Illustração Pelotense, criamos três categorias, dentro das quais enquadramos o maior número possível de obras. Essas categorias se dividiram em: Obras Regionais, Obras de Instrução e Obras Francesas. A investigação desses materiais permitiram concluirmos que a Livraria Universal, além de um espaço de requinte e bom gosto, tanto no que se referia à suas estruturas físicas quanto aos materiais que disponibilizava, foi um importante centro difusor de leitura, pois atendia a população, com um amplo sortimento de livros - dentre outros impressos- e objetos.
Collections
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: