Incapacidade funcional em idosos: estudo de base populacional em uma cidade do sul do Brasil.
Resumo
Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à incapacidade funcional com enfoque nas atividades básicas (ABVD´s) e instrumentais (AIVD´s) da vida diária em idosos residentes na cidade de Pelotas, RS.
Métodos: Estudo transversal, incluindo 598 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, selecionados por processo amostral em dois estágios. Para a avaliação das ABVD´s e AIVD´s foram empregados o Índice de Katz e a Escala de Lawton, respectivamente. Definiu-se como incapacidade funcional para cada domínio a necessidade de ajuda parcial ou total para a realização de, no mínimo, uma
atividade da vida diária. Resultados: A prevalência de incapacidade para as ABVD´s foi de 26,8% (IC95%
23,0 – 30,8), sendo a menor proporção de independência observada para o controle das funções de urinar e/ou evacuar. Já para as AIVD´s, a prevalência de incapacidade funcional foi de 28,8% (IC95% 24,5 – 33,1), sendo os idosos menos independentes para realizarem deslocamentos utilizando algum meio de transporte. Embora as prevalências de incapacidade encontradas sejam semelhantes para ABVD’s e AIVD’s, houve um elevado percentual de idosos com acúmulo de atividades com incapacidade nas AIVD’s, enquanto entre aqueles com incapacidade para as ABDV’s, a grande maioria apresentou dependência para apenas uma atividade, sendo que 86,6% destes apresentaram incapacidade para continência urinária e/ou fecal.Conclusões: É preciso que os serviços de saúde atentem para avaliar e, desse modo, prevenir ou postergar a incapacidade funcional, garantindo independência e, conseqüentemente, maior qualidade de vida ao idoso.
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