Estudo da eficiência das Parametrizações Convectivas na simulação de eventos severos ocorridos no Brasil, utilizando o BRAMS
Resumo
O objetivo geral dessa dissertação de mestrado foi estudar a influência das Parametrizações de Convecção na simulação de eventos severos no Brasil, a fim de avaliar o seu desempenho na previsão regional de tempestades potencialmente destruidoras. Com esse raciocínio, comparou-se a precipitação observada e simulada, estudaram-se as reservas de energia envolvidas no processo da convecção, analisou-se como o ambiente termodinâmico e dinâmico em grande escala foi modificado e estudaram-se maneiras de melhorar a parametrização convectiva de Grell a fim de propiciar ainda mais confiabilidade à previsão numérica do tempo, utilizando o modelo regional de mesoescala BRAMS 2.0.
Para isso, analisaram-se dois casos de sistemas precipitantes, influenciados por regimes distintos (extratropical e tropical). Não obstante, ainda fez-se uma análise da confiabilidade da Parametrização Convectiva de Grell na simulação da precipitação para o mês de maio de 2005, no Rio Grande do Sul.
Evidencia-se a superioridade da Parametrização Convectiva de Grell na simulação da magnitude da precipitação, em relação à Parametrização Convectiva de Kuo. Porém, conclui-se que a Parametrização Convectiva de Grell tende a superestimar o dado observado de precipitação acumulada. Nos dois casos de convecção, pôde-se obter uma boa eficiência da Parametrização convectiva de Grell, em relação à magnitude da precipitação diária acumulada, diminuindo-se o raio da nuvem, aumentando o entranhamento de massa no sistema. Os experimentos cuja peculiaridade é o uso da Parametrização Convectiva de Grell, simularam com melhor precisão as características termodinâmicas do ambiente e representaram com boa exatidão os aspectos dinâmicos favoráveis à gênese e manutenção de tempestades mais severas, fornecendo subsídio no que se refere ao uso da modelagem regional como estratégia adicional na prevenção de fenômenos potencialmente destruidores. Percebe-se, analisando o caso II, que os dados de inicialização do modelo tiveram um
profundo impacto na simulação da Linha de Instabilidade. Os experimentos iniciados com os dados de Re-análise, do NCEP, cuja resolução é de 250 km, organizaram as bandas convectivas numa configuração mais parecida com o que foi observado. Todavia, os experimentos iniciados com o modelo T126L28, do CPTEC, cuja resolução é de 100 km, geraram núcleos convectivos em áreas onde não foi observada atividade convectiva.
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