O conceito de perfectibilidade na Pedagogia de Jean-Jacques Rousseau.
Resumo
Na presente pesquisa, tencionou-se ampliar a temática relacionada a tratar o conceito de perfectibilidade na Pedagogia de Jean-Jacques Rousseau. Para além dos significados epistemológicos do conceito de perfectibilidade, o intento foi o de identificar o que o autor concebe a respeito de capacidade humana de aperfeiçoar -se, em seu projeto pedagógico, no Emílio ou da Educação (1762). O conceito de perfectibilidade foi tematizado primeiro no seu Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1754). Surge ali o caráter ambíguo
e ambivalente de perfectibilidade ou corrupção humanas. Através de uma leitura hermenêutica, fizemos uma discussão a respeito do nexo entre essas duas obras em relação ao tema proposto. A questão que orientou o sentido do processo de investigação incidiu na seguinte pergunta geral: em que consiste o conceito de perfectibilidade na pedagogia de Jean-Jacques Rousseau? O processo investigativo partiu da hipótese de que a concepção de perfectibilidade para Rousseau tem
origem na passagem do homem para o processo de socialização humana. Identificou-se que o núcleo do pensamento rousseauniano de formação humana repousa na capacidade de sociabilidade do ser humano, ou seja, educação moral e política. Como resultado da pesquisa, explicitou-se que por meio do caráter ambivalente, universal e indeterminado da perfectibilidade, permite-se a compreensão do conceito e, mais do que isso, encontra-se viabilidade para a educação e a política coadunados, como processos indispensáveis para a formação humana ideal, ou seja, como ideias pedagógicas em direção à perfectibilidade.
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