Estudos epidemiológicos da leptospirose equina na região sul do Rio Grande do Sul
Resumen
Foram realizados estudos epidemiológicos da leptospirose equina na região sul do Rio Grande do Sul, a qual é uma zoonose tropical negligenciada causada por bactérias patogênicas do gênero Leptospira. Primeiramente, é apresentado um estudo sorológico transversal da leptospirose em equinos de tração usados por famílias com vulnerabilidade social para a coleta de materiais recicláveis. Como resultados, 89,9% (n=107) foram reagentes para um ou mais sorovares no Teste de Soroaglutinação Microscópica (MAT) com títulos iguais ou acima de 100. Hardjo (Hardjoprajitno) foi o sorovar mais prevalente no estudo. Fatores de exposição foram avaliados através de análise univariada, revelando associação de risco entre equinos pastarem em campo nativo e a sororeatividade no MAT (p=0,02) e a ocorrência de aborto (p<0,001). Além disso, a associação de risco entre monta natural (p<0,001), presença de roedores (p<0,001) e armazenamento de ração em galpão (p=0,03) e a ocorrência de aborto foi significativa. Posteriormente, é descrito o primeiro relato de uveíte recorrente equina (ERU) causada por leptospiras em equinos da raça crioula no Brasil, baseado nas manifestações clínicas, no diagnóstico laboratorial e na investigação epidemiológica. É descrito também um caso de aborto por leptospirose em uma égua no município de Pelotas (RS), onde foi possível isolar o agente, caracterizar a virulência em modelo animal e a caracterização genotípica preliminar da cepa isolada.Estes resultados sugerem que através desse estudo transversalfoi possível conhecer a prevalência de leptospiras, isolar o agente de cavalos usado em tração e diagnosticar uma uveíte recorrente equina em cavalos da raça crioula.
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