Potencial reprodutivo da semente de feijão em diferentes fases de desenvolvimento

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Data
2008-03-01Autor
Mastrantônio, Janete Joanol Silveira
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A determinação do momento adequado de colheita do feijão, tem sido objeto de inúmeros estudos, no intuito de precisar quando a semente apresenta melhores condições de germinação e vigor. Este conhecimento, posto em prática, além de resultar em uma maior eficiência na produção de sementes, beneficiando os produtores que em geral produzem suas próprias sementes, possibilita determinar quando realizar a colheita com vistas a acelerar o processo de avanço de gerações, uma questão fundamental no aumento da eficiência de um programa de melhoramento. O presente trabalho visou determinar o momento adequado de colheita que resulte em maior eficiência na produção de uma nova geração de sementes e o estádio de desenvolvimento de maior precocidade da semente, a partir de 30 dias após o florescimento, que venha a originar uma planta auto-suficiente, ou seja, com plena capacidade reprodutiva, a fim de permitir um rápido avanço das gerações segregantes em direção à homozigose. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação e no Laboratório de Sementes da Estação Experimental Terra Baixas (ETB) – Embrapa Clima Temperado, localizada no município de Capão do Leão, no ano de 2005. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados com parcelas sub-subdivididas, com duas repetições. Os tratamentos compreenderam as combinações de níveis de quatro fatores: cultivar (Chocolate, Guabiju, TPS Nobre e Carioca), época de coleta (30, 35, 40, 45, e 50 dias após o florescimento), método de secagem (secagem lenta, secagem ambiente e sem secagem) e substrato (rolo de papel e solo). A partir do momento em que as flores começaram a abrir, iniciou-se, diariamente, a marcação das mesmas com fios de lã de cor diferente, para garantir que na coleta todas as vagens tivessem o mesmo número de dias de desenvolvimento. Em cada época de coleta, foram colhidas 23 vagens por repetição, de cada cultivar. Destas, 18 foram reservadas para a avaliação das variáveis resposta e cinco foram utilizadas para determinar o grau de umidade das sementes. A qualidade fisiológica das sementes foi avaliada no Laboratório de Sementes, através da percentagem de germinação (PG) e índice de vigor (vigor). As variáveis-resposta foram avaliadas em duas etapas do experimento: na primeira etapa, avaliou-se o número de sementes por vagem (NSV) e, na segunda etapa, foram avaliados o número de sementes germinadas por vagem (NSGV) e o número de plantas produzidas por vagem (NPPV). As análises estatísticas consistiram das análises da variação e da co-variação, seguidas da análise de regressão polinomial e testes de comparações múltiplas, para a decomposição da variação de tratamento. Os resultados obtidos permitem verificar que o período mínimo de desenvolvimento da semente que resulte em uma maior eficiência na produção de grão e sementes, é de 45 dias após o florescimento. O estádio de desenvolvimento da semente de maior eficiência com vistas ao avanço de gerações segregantes, diferiu entre as cultivares. Entre 45 e 50 dias após o florescimento houve um decréscimo acentuado na umidade das sementes. Quanto aos métodos de secagem e substratos estudados, aqueles que apresentaram melhores resultados foram os métodos de secagem ambiente e sem secagem e, como substrato, o solo. Sementes coletadas aos 30 dias após o florescimento, foram capazes de originar descendentes.
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