Quando os capitais econômico e cultural condicionam as trajetórias acadêmicas: estudo de caso na Universidade Federal do Rio Grande.

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Data
2016-09-21Autor
Lima, Marco Antônio de Oliveira
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Desde a segunda metade do século XX, principalmente, a educação vem sendo propagada como uma forma de impulsionar o desenvolvimento social, permitindo boas chances de ascensão social para os indivíduos. Já nas últimas décadas desse século, começa a ser constatado que as desigualdades sociais de origem se traduzem em probabilidades diferenciais de acesso a essa educação, bem como acabam por estabelecer diferenças significativas na qualidade da educação recebida por cada parcela da população, de forma que quanto melhor a posição social de origem, melhor e mais prolongada tende a ser a educação recebida. Nessa linha de raciocínio, propõe-se aqui um estudo de caso na Universidade Federal de Rio Grande - FURG, através da análise estatística, sobretudo através da análise de correspondência múltipla, de dados socioeconômicos referentes a mais de 27.000 vestibulandos dessa instituição nos anos de 2007 e 2008. O trabalho tem como inspiração a sociologia da educação bourdieusiana, buscando, principalmente, verificar como o capital econômico e o capital cultural tendem a influenciar na trajetória universitária dos avaliados, desde sua escolha de curso até a potencial conclusão (ou evasão) do mesmo, incluindo o desempenho escolar destes estudantes. Concluiu-se que o volume de capitais econômico e cultural se relaciona diretamente com a trajetória acadêmica dos estudantes, e que os cursos mais procurados tendem a concentrar mais alunos de melhor desempenho, enquanto o contrário ocorre nos cursos menos procurados.
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