Centralidade do papel educativo e organizativo do técnico social na realidade camponesa: Assentamento Conquista da Liberdade
Resumo
Este trabalho investiga que contradições existem no trabalho técnico social, mediado pela correlação de forças entre Estado e MST, a partir da experiência vivenciada pelos técnicos e pelas famílias assentadas no desenvolvimento das atribuições/trabalho no assentamento Conquista da Liberdade, objetivando contribuir para a formulação das atribuições/trabalho do técnico social junto à comunidade pesquisada, tendo como horizonte a emancipação política e humana dos assentados. Também desafia-se a denunciar os limites que se apresentam no cotidiano dessas relações e anunciar possibilidades de superação dos mesmos. O aprofundamento da investigação sustenta a análise sobre as diferentes perspectivas que situam a proposição/compreensão sobre o trabalho, bem como a historicidade das contradições que condicionam a realidade dos assentamentos e dos sujeitos desta pesquisa. Assim, esta dissertação estrutura-se teoricamente enraizada nas bases do materialismo histórico dialético, tendo como referência os autores Stedile (2005), Gramsci (2001), Freire (1983 e 1987), Vásquez (2007) e Marx (1989). Como diretriz metodológica foi utilizada a pesquisa qualitativa e o método de estudo de caso. A distribuição da análise dos dados encontra-se em três capítulos, que se organizam respectivamente na seguinte lógica: historicidade da questão agrária no Brasil e aprofundamento do contexto de pesquisa; análise das contradições do técnico social no cotidiano dos assentamentos da reforma agrária e aprofundamento das categorias do trabalho educativo junto às famílias assentadas. Entre os resultados encontrados, verifica-se que as atribuições/trabalho do técnico social se traduzem no desdobramento da centralidade educativa e organizativa, comprometida com o projeto do coletivo que constituem os assentamentos da reforma agrária.
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