Tipo e tectônica: processos projetuais na casa contemporânea brasileira: três escritórios.
Abstract
Muito se tem falado sobre arquitetura contemporânea nos últimos anos, porém as
residências brasileiras ainda são pouco estudadas. Este trabalho tem como objetivo
geral analisar a produção residencial unifamiliar de três escritórios, cujos integrantes
fazem parte da nova geração de arquitetos brasileiros, buscando identificar
processos projetuais e estruturas formais recorrentes. Para isso, foram utilizados
dois conceitos que embasam todo o trabalho – tipo e tectônica –, na expectativa de
compreender suas potencialidades e restrições, tanto como instrumentos de análise,
como ferramentas projetuais. Foi realizada a pesquisa documental através de coleta
de dados sobre os projetos e análise gráfica e textual das obras seguindo roteiros
pré-estabelecidos de tipo e tectônica. A partir da identificação de semelhanças
quanto aos procedimentos de projeto e características compositivas, as obras em
estudo foram reunidas e organizadas em grupos tipológicos – onde, neste momento,
o conceito de tipo foi utilizado como instrumento classificatório –, para então serem
analisadas a partir de como se deu o processo projetual. Em relação ao conceito de
tipo, ressalta-se sua importância nas análises de arquitetura e como aplicar métodos
de projetos que correspondam a determinados tipos de programa. O cruzamento da
análise tipológica com a análise tectônica foi realizado, principalmente, a partir dos
estudos tectônicos de Gottfried Semper e Kenneth Frampton. Neste caminho, o
trabalho identificou sistemas gerais, comuns aos três escritórios estudados, e
particulares, através de agrupamentos de recorrências e excepcionalidades entre as
obras. A pesquisa reconhece, por fim, a relação intrínseca da tradição – a partir dos
conceitos de tipo e tectônica – e dos movimentos de vanguarda com o processo de
projeto contemporâneo.
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