dc.creator | Santos, Magda Gisela Cruz dos | |
dc.date.accessioned | 2020-05-29T03:36:07Z | |
dc.date.available | 2020-05-27 | |
dc.date.available | 2020-05-29T03:36:07Z | |
dc.date.issued | 2019-04-26 | |
dc.identifier.citation | SANTOS, Magda Gisela Cruz dos. "Neoruralismo Pedagógico": a formação dos trabalhadores do campo proposta pelo Estado brasileiro nas políticas educacionais do período neodesenvolvimentista (2001-2016). 2019. 255 f. Tese (Doutorado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2019. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5602 | |
dc.description.abstract | The training of rural workers proposed by the Brazilian State until the 1980s was
predominantly connected to the interests of agrarian oligarchies. The Rural
Education or pedagogical ruralism, as it was known, aimed at the psychophysical
adaptation (GRAMSCI, 2001) of workers to the mode of production. With the growing
organization of popular social movements, a new perspective for the training of rural
workers was consolidated in the 1990s, the Countryside Education (CALDART,
2009). Articulated to a new society development project, the Countryside Education
set up a conception of training that aims at breaking the processes of psychophysical
adaptation, since it is articulated to the interests of workers, that is, a training in the
perspective of human emancipation (MARX, 2009). Since the beginning of the
2000s, with the consolidation of the neodevelopmental project, the Brazilian State
has seen demands of popular social movements of the countryside in its educational
policies. With the purpose of evaluating this process, we investigate the proposal of
workers training presented by the Brazilian State in its Countryside Education
policies documents from the neodevelopmental period (2001-2016). Based on the
theoretical-methodological perspective of the Dialectical Historical Materialism
(PALUDO, VITÓRIA, 2014), we perform the documentary analysis of the set of
official documents referring to the Countryside Education policy (2001-2016) and the
main development programs focused on the countryside during this time, as well as
the bibliographic review and the investigation of statistical data on the Brazilian land
structure. The research results show that the State's proposal for the training of rural
workers in the neodevelopmental period set up what we call 'pedagogical
neoruralism’, a training perspective that should not be confused with the pedagogical
ruralism, since it does not aim at promoting a rigid training restricted to the
productivist model, nor should it be confused with the conception of training of
Countryside Education, inasmuch as it does not break the limits of the workers
psychophysical adaptation. The 'pedagogical neoruralism' is a training perspective
whose main goal is to adapt the workforce and local territories to the new demands
of the productive restructuring process. In order to do so, it reconfigures the proposal
of workers psychophysical adaptation according to the flexible training objectives.
Thus, in a double movement, the Brazilian State, in its Countryside Education
policies in the neodevelopmental period, combined demands of popular social
movements with the flexible capital accumulation objectives, resulting in the false
consensus that is the basis of the ‘pedagogy of hegemony’ (NEVES, 2005). By
explaining the contradictions of the training of rural workers proposed by the State,
we highlight the need for popular social movements to strengthen their network
performance as a way of effectively confronting the hegemony of groups linked to the
interests of capital. Therefore, we do not intend to disregard the importance of public
policies in the consolidation of rights, but rather to contribute to highlight the possible
alternatives of 'active resistance' (MARTINS, 2017), which guarantee the
protagonism of popular social movements in achieving the training in which the
workers have interest. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pelotas | pt_BR |
dc.rights | OpenAccess | pt_BR |
dc.subject | Educação | pt_BR |
dc.subject | Neoruralismo pedagógico | pt_BR |
dc.subject | Formação dos trabalhadores do campo | pt_BR |
dc.subject | Política pública educacional | pt_BR |
dc.subject | Neodesenvolvimentismo | pt_BR |
dc.subject | Education | pt_BR |
dc.subject | Pedagogical neoruralism | pt_BR |
dc.subject | Training of rural workers | pt_BR |
dc.subject | Educational public policy | pt_BR |
dc.subject | Neodevelopment. | pt_BR |
dc.title | "Neoruralismo Pedagógico": a formação dos trabalhadores do campo proposta pelo Estado brasileiro nas políticas educacionais do período neodesenvolvimentista (2001-2016). | pt_BR |
dc.title.alternative | "Pedagogical Neoruralism": the training of field workers proposed by the Brazilian State in the educational policies of the period neodevelopmentist (2001-2016) | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorID | | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/1185251604736339 | pt_BR |
dc.contributor.advisorID | | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/1484551689017803 | pt_BR |
dc.description.resumo | A formação dos trabalhadores do campo proposta pelo Estado brasileiro, até os
anos 1980, vinculou-se, predominantemente, aos interesses das oligarquias
agrárias. A Educação Rural ou ruralismo pedagógico, como ficou conhecida,
objetivava a adaptação psicofísica (GRAMSCI, 2001) dos trabalhadores ao modo de
produção. Com a crescente organização dos movimentos sociais populares,
consolidou-se nos anos 1990 uma nova perspectiva de formação dos trabalhadores
do campo, a Educação do Campo (CALDART, 2009). Articulada a um novo projeto
de desenvolvimento da sociedade, a Educação do Campo configurou uma
concepção de formação que visa romper com os processos de adaptação
psicofísica, pois, se articula aos interesses dos trabalhadores na perspectiva da
emancipação humana (MARX, 2009). Desde o início dos anos 2000, com a
consolidação do projeto neodesenvolvimentista, o Estado brasileiro tem
contemplado demandas dos movimentos sociais populares do campo em suas
políticas educacionais. Com o objetivo de avaliar esse processo, investigamos a
proposta de formação dos trabalhadores apresentada pelo Estado brasileiro nos
documentos de suas políticas de Educação do Campo do período
neodesenvolvimentista (2001-2016). Com base na perspectiva teórico-metodológica
do Materialismo Histórico Dialético (PALUDO; VITÓRIA, 2014), realizamos a análise
documental do conjunto de documentos oficiais referentes à política de Educação do
Campo (2001-2016) e dos principais programas de desenvolvimento voltados ao
campo nesse período, além da revisão bibliográfica e da investigação de dados
estatísticos sobre a questão agrária brasileira. Os resultados da pesquisa
evidenciaram que a proposta do Estado para a formação dos trabalhadores do
campo no período neodesenvolvimentista configurou o que denominamos de
‘neoruralismo pedagógico’, uma perspectiva de formação que não se confunde com
o ruralismo pedagógico, pois não visa promover uma formação rígida e restrita ao
modelo produtivista, tampouco se confunde com a concepção de formação da
Educação do Campo, visto que não rompe com os limites da adaptação psicofísica
dos trabalhadores. O ‘neoruralismo pedagógico’ é uma perspectiva de formação que
tem por objetivo central a adequação da força de trabalho e dos territórios locais às
novas demandas do processo de reestruturação produtiva. Para isso, reconfigura a
proposta de adaptação psicofísica dos trabalhadores de acordo com os objetivos da
formação flexível. Assim, em um duplo movimento, o Estado brasileiro, no período
neodesenvolvimentista, combinou em suas políticas de Educação do Campo
demandas dos movimentos sociais populares com os objetivos da acumulação
flexível do capital, produzindo o falso consenso que é a base da ‘pedagogia da
hegemonia’ (NEVES, 2005). Ao explicitar as contradições da formação dos
trabalhadores do campo proposta pelo Estado, evidenciamos a necessidade de que
os movimentos sociais populares fortaleçam sua atuação em rede, como forma de
contrapor efetivamente a hegemonia dos grupos ligados aos interesses do capital.
Com isso, não pretendemos desconsiderar a importância das políticas públicas na
consolidação de direitos, mas sim contribuir para evidenciar as possíveis alternativas
de ‘resistência ativa’ (MARTINS, 2017), que garantam o protagonismo dos
movimentos sociais populares na efetivação da formação que interessa aos
trabalhadores. | pt_BR |
dc.publisher.department | Faculdade de Educação | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Educação | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPel | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Paludo, Conceição | |