Modelagem e simulação da quantificação de dióxido de carbono neutralizado por plantios comerciais de eucalipto
Abstract
Os autômatos celulares são modelos abstratos utilizados para descrever sistemas naturais possibilitando a análise de padrões complexos a partir de uma formulação simplificada. Sendo constituídos por estruturas compostas por um reticulado de células, onde cada célula evolui de acordo com as características das células vizinhas, podem ser utilizados para a modelagem de sistemas naturais. As mudanças climáticas e ambientais causadas pelo acúmulo de dióxido de carbono
atmosférico podem ser consideradas como um dos grandes problemas da humanidade nos últimos séculos. As árvores, devido ao seu potencial de sequestro do dióxido de carbono atmosférico, podem ser consideradas e empregadas no auxílio da redução da concentração atmosférica deste gás. O eucalipto é um gênero de árvore não nativa que, por apresentar boa adaptação aos mais variados
ambientes, elevada taxa de crescimento e facilitado reflorestamento, suas espécies são amplamente indicadas para auxiliar na neutralização de dióxido de carbono atmosférico. O Rio Grande do Sul concentra grandes áreas de plantações de eucalipto. Na região de Bagé-RS, plantios comerciais de eucalipto vêm crescendo nos últimos anos, principalmente, devido ao aumento da demanda da indústria de celulose e papel. Esta região é também marcada pela presença de relevantes fontes
emissoras de poluentes atmosféricos. A presença destas fontes poluentes e de grandes plantações comerciais de eucalipto nesta região torna interessante a quantificação do potencial de neutralização de dióxido de carbono atmosférico destas plantações. Neste sentido, o presente trabalho propõe a formalização de um modelo matemático para a simulação da neutralização de dióxido de carbono para
uma plantação comercial de eucalipto, implementado computacionalmente utilizando a metodologia dos autômatos celulares, considerando a possibilidade de ataque por pragas ao plantio para a contabilização de árvores mortas, bem como a influência da escolha do espaçamento que mostrou-se um dos principais fatores que afetam o potencial de neutralização de dióxido de carbono de um plantio.
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