Avaliação da Qualidade de Pêssego em Calda de Marcas Nacionais “Tipo Especial”e Importadas, das safras 1999/2000 e 2010/2011.

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Data
2011-09-12Autor
Seixas, Rita Helena Moreira
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O desenvolvimento da fruticultura brasileira, especificamente pêssego em calda “tipo
especial”, produzido e industrializado na região de Pelotas, tem como foco a melhoria da
qualidade e a geração de renda e empregos diretos e indiretos. A sustentabilidade no
processo de produção e a competitividade do pêssego em calda industrializado
nacionalmente são fatores que estão ligados à cadeia produtiva de pêssego, fator esse de
relevância econômica para a Região Sul do Brasil, especialmente para o município de
Pelotas, que é destaque na produção de pêssego em calda, contribuindo com cerca de 80%
do produto que abastece o mercado nacional. As indústrias locais passaram a ter como
premissas manter-se no mercado e superar obstáculos impostos pela abertura do mercado
nacional e a globalização que trouxeram o pêssego em calda importado, de diversas
origens, entre elas grega e argentina. Este trabalho objetivou a comparação da evolução da
qualidade do pêssego em calda “tipo especial” nacional, produzido na região de Pelotas/RS,
(seis marcas) com o pêssego em calda importado de origem grega e argentina (quatro
marcas para a primeira safra e três para a segunda safra avaliada), safras 1999/2000 e
2010/2011. Através de determinações analíticas e sensoriais buscou-se detectar mudanças
e/ou melhorias no produto nacional, representado pela indústria local, comparativamente ao
produto importado, no de correr da última década. No teste de ordenação por preferência,
para o atributo aparência, utilizou-se a escala hedônica de 1 (gostou menos) a 10 (gostou
mais), na primeira safra, e de 1 a 9 na segunda safra, sendo que, para ambas, destacou-se
a preferência dos consumidores pela aparência das marcas importadas devido ao maior
tamanho e coloração mais uniforme. Para sabor e textura, a escala utilizada foi de 1 (gostou
menos) a 5 (gostou mais), na primeira safra avaliada, e 1 a 4, na segunda. Verificou-se a
preferência dos consumidores, nas duas safras, pelo sabor das marcas nacionais,
caracterizadas por uma maior doçura, decorrente do estágio correto de maturação da fruta,
acidez e adição de caldas com maiores teores de açucares. O tamanho e espessura dos
pêssegos importados, embora maiores que os de origem nacional, não foram determinantes
na preferência do consumidor para o atributo textura. Os fatores determinantes para a
obtenção de uma textura com firmeza intermediária, preferida pelos julgadores, foram: a
correta maturação do fruto e o processamento adequado. Os pêssegos em calda de origem
nacional apresentaram maior índice de vácuo, maior número de defeitos, menor espessura,
menor diâmetro, menor peso das metades e maior número de metades do que as marcas
importadas. O peso drenado do produto nacional foi inferior ao importado e as marcas
nacionais e importadas das safras 99/00 e 10/11 não apresentaram diferença na
composição química dos nutrientes. Concluiu-se que as indústrias processadoras da região
de Pelotas/RS não possuem padrões de qualidade adequados e/ou não mantém um
rigoroso monitoramento em todas as etapas de processamento do pêssego.
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