dc.creator | Trindade, Flávia Ferreira | |
dc.date.accessioned | 2021-05-19T23:48:01Z | |
dc.date.available | 2021-05-19 | |
dc.date.available | 2021-05-19T23:48:01Z | |
dc.date.issued | 2020-03-17 | |
dc.identifier.citation | TRINDADE, Flávia Ferreira. Uma investigação acerca das punições em Michel Foucault: os mecanismos que justificam a necessidade de punir. 2020. 140f. Dissertação (Mestrado em filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7546 | |
dc.description.abstract | The present work aims to weave an investigation about the transformations that
undergo the punitive devices between the XVII and XIX centuries and possible
reflexes on the actual society. Thus, our approach goes into the many ways of
control and manipulation of the individuals in society, having as a constant which
works in parallel and fundaments the more diverse transformations of social
institutions, the birth and development of capitalism. The matter which pervades and
boosts our work is the one of knowing which aspects fundament the permanent need
of punition, so that it endures, and reshapes itself, for so many centuries in a strong,
effective and definitive way. The analysis that we will outline in our dissertation goes
through, defines and situates the main punitive devices presented by Michel Foucault
in innumerous writings, conferences and interviews but, primarily, in the course The
punitive society (1973), in the cycle of conferences named The truth of juridical forms
(1973) and in the work Discipline and Punish: birth of the prison (1975). Devices such
as: the rite of torment, the exercise of penitence, the disciplinary power, the time
kidnapping, the prison institution and the normalization. Discoursing first about the
rite of torment, we observe that, little by little, this extreme method of violence has
been put aside by a new model of society that was emerging, the capitalist society.
This new economic ideal will, by its own needs of functioning, define an all different
social structure which will need live individuals (thus, the death power symbolized by
the torment will no longer be needed), so that they can produce but, also, individuals
that function in a determined manner. From these new needs, therefore will be
created a range of apparatus and control institutions. What this economic model
needs is disciplined individual, docile and useful – so that they can be productive. But
this system goes beyond, it, by the need of control, wider and more efficient, will also
control the sexuality, health, safety, etc. Those who do not adequate themselves to
these new social norms will find the old ideal, modeled to this new system – the
punition. That way, the panoptic, the discipline, the time kidnapping institutions and
the prison take body and punitive power. A new way of ruling dominated by the
market, by the economy in a wide way, economy by itself (profit), time and space
economy. Therefore, using as the main theoretical basis the thinking of Michel
Foucault, besides secondary contributions that speak on the punition subject.
Coming at last to the need for punishment as a form of control and discipline and
correlated with the current expression of normalization, for this seems to be the key
to our research. Since the torment to the more recent, the prison, that who is
punished is always the deviant, in other word, the abnormal. All of the justification
goes against the division of normal (that fits in) and the abnormal (inadequate,
unproductive, deviant, tramp, delinquent, crazy). What is searched – through all of this control, discipline and vigilance apparatus – is the normal, productive and
adequate, disciplined individual and that which is punished is defined as abnormal.
Finally, the point in which our dissertation culminates and unravels is the concept of
normalization. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Sem bolsa | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pelotas | pt_BR |
dc.rights | OpenAccess | pt_BR |
dc.subject | Punição | pt_BR |
dc.subject | Suplício | pt_BR |
dc.subject | Penitência | pt_BR |
dc.subject | Prisão | pt_BR |
dc.subject | Normalização | pt_BR |
dc.subject | Michel Foucault | pt_BR |
dc.subject | Punishment | pt_BR |
dc.subject | Torment | pt_BR |
dc.subject | Penitence | pt_BR |
dc.subject | Prison | pt_BR |
dc.subject | Normalization | pt_BR |
dc.title | Uma investigação acerca das punições em Michel Foucault: os mecanismos que justificam a necessidade de punir. | pt_BR |
dc.title.alternative | An investigation about punishments on Michel Foucault: the mechanisms that justify the need to punish. | pt_BR |
dc.type | masterThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorID | | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/0707517575596082 | pt_BR |
dc.contributor.advisorID | | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/9512892707756969 | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co1 | Valeirão, Kelin | |
dc.contributor.advisor-co1Lattes | http://lattes.cnpq.br/7568906437198533 | pt_BR |
dc.description.resumo | O presente trabalho busca tecer uma investigação sobre as transformações que
permeiam os aparatos punitivos entre os séculos XVII a XIX e possíveis reflexos na
sociedade atual. Logo, o que iremos abordar adentra os muitos modos de controle e
manipulação sobre os indivíduos em sociedade, tendo como uma constante que
funciona em paralelo e fundamenta as mais diversas transformações de instituições
sociais o nascimento e desenvolvimento do capitalismo. A questão que perpassa e
impulsiona o nosso trabalho é a de saber quais aspectos fundamentam a
permanente necessidade da punição, de modo que a mesma perdura, e se
remodela, por tantos séculos de forma forte, eficaz e definitiva. A análise que
delinearemos em nossa dissertação percorre, define e situa os principais
dispositivos punitivos apresentados por Michel Foucault em inúmeros escritos,
conferências e entrevistas mas, primordialmente, no curso A sociedade Punitiva
(1973), nos ciclo de conferências intitulado A verdade e as formas jurídicas (1973) e
na obra Vigiar e Punir: nascimento da prisão (1975). Dispositivos como: o ritual do
suplício, o exercício da penitência, o poder disciplinar, a sequestração de tempo, a
instituição prisão e a normalização. Discorrendo primeiramente sobre o ritual do
suplício, observamos que, pouco a pouco, esse método extremo de violência foi
sendo posto de lado por um outro modelo de sociedade, que estava emergindo, a
sociedade capitalista. Esse novo ideal econômico irá, por suas próprias
necessidades de funcionamento, definir toda uma diferente estrutura social que
precisará dos indivíduos vivos (por isso mesmo que o poder de morte simbolizado
pelo suplício já não fará mais necessário), para que possam produzir mas, também,
de indivíduos de funcionem de um determinado modo. A partir dessas novas
necessidades que serão criadas toda essa gama de aparatos e instituições de
controle. O que esse modelo econômico precisa é de indivíduos disciplinados,
docilizados e úteis – para que possam ser produtivos. Mas esse sistema vai além,
ele, pela necessidade de controle, mais ampla e eficaz, irá também, controlar a
sexualidade, saúde, segurança, etc. Aqueles os quais não se adequarem a essas
novas normas sociais encontrarão o velho ideal, mas modelado a esse novo sistema
– a punição. Desse modo, o panóptico, a disciplina, as instituições de sequestração
de tempo e a prisão tomam corpo e poder punitivo. Um novo modo de governar
dominado pelo mercado, pela economia em amplo sentido, economia em si (lucros),
economia de tempo e espaço. Para tanto, usando como principal base teórica o
pensamento de Michel Foucault, além de aportes secundários que versam sobre o tema punição. Chegando por fim, a necessidade da punição como forma de controle
e disciplina e correlacionada com a expressão vigente de normalização pois, a
mesma parece ser a chave da nossa pesquisa. Desde o suplício até o mais recente,
a prisão, aquele que é punido é sempre o desviante, em outras palavras, o anormal.
Toda a justificativa caminha de encontro a divisão de normal (que se adequa) e
anormal (inadequado, improdutivo, desviante, vagabundo, delinquente, louco). O
que se busca – por meio de todo esse aparato de controle, disciplina e vigilância – é
o indivíduo normal, produtivo e adequado, disciplinado e o que se pune é definido
como o anormal. Enfim, o ponto que culmina e descerra a nossa dissertação é o
conceito de normalização. | pt_BR |
dc.publisher.department | Instituto de Filosofia, Sociologia e Política | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Filosofia | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPel | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Araldi, Clademir Luís | |