dc.creator | Vieira, Maurício Medeiros | |
dc.date.accessioned | 2021-05-23T13:02:29Z | |
dc.date.available | 2021-05-21 | |
dc.date.available | 2021-05-23T13:02:29Z | |
dc.date.issued | 2020-11-06 | |
dc.identifier.citation | VIEIRA, Maurício Medeiros. O problema do mal em Boécio: o sofrimento dos bons e a impunidade dos maus no De consolatione philosophiae. 2020. 198 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7567 | |
dc.description.abstract | Addressing the problem of evil is not an easy or new task, because many authors, both
of philosophy and theology, have developed several studies in order to solve an issue,
which at the same time is so old and current in human life, whether in the moral, natural
or even metaphysical sphere. We cannot, therefore, deny that evil exists and interferes
with the practical life of the human being, but neither can it be accurately shown its
origin or to point out an effective formula that solves all its effects. The question of the
existence of evil is even more problematic when inserted within a context that takes into
account the existence of a God who acts through his providence organizing and
governing all things with goodness, justice and wisdom. In this sense, our goal is to
address the testamentary work of Severino Boécio written in the 6th century, the De
consolatione philosophiae, composed of five books that deals with both true happiness
and the uncomfortable question of evil before the existence of a God who governs all
things with goodness and justice. In an engaging dialogue between Boetius,
condemned to death and his consoling, "Philosophy", themes such as false goods of
fortune, true happiness, the existence of evil, divine providence, free will among others,
will be fundamental to show two things: that God, Sumo Well, is true happiness and that
evil does not exist, at least in the ontological sense. In this context, Boétius will
approach the issue of evil in two moments: the ontological denial of evil and its
existence only in the moral sphere derived from free will; and the question of impunity of
the wicked and the suffering of the good, claiming to be a misguided and limited view of
man who does not understand the totality of divine knowledge, which of eternity,
provides to all what is due with wisdom and justice. To understand Boétius's arguments
for solving the problem of evil, it will be necessary to approach two authors who directly
influenced his thinking: Augustine with his work "Free Will" and Plato with his dialogue
"Gorgias". In fact, before Boecio, Augustine also addressed the problem of evil and
denied its ontological existence by affirming its permanence only in the moral sphere
derived from sin and derived from the free will of man. Likewise, Plato in "Gorgias"
addresses the idea of justice and injustice stating that committing an injustice is worse
than suffering and more, states that anyone who commits an injustice and goes
unpunished is more unhappy than the offender who pays the fair penalty for his offense.
Therefore, our study shows the fundamental importance of both authors for Boecio's
final response that in addition to denying ontological evil and ensuring that the good are
not at the mercy of fortune, it ensures that divine providence is fair and does not leave
the bad without their proper punishments. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Sem bolsa | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pelotas | pt_BR |
dc.rights | OpenAccess | pt_BR |
dc.subject | Felicidade | pt_BR |
dc.subject | Mal | pt_BR |
dc.subject | Deus | pt_BR |
dc.subject | Justiça | pt_BR |
dc.subject | Injustiça | pt_BR |
dc.subject | Happines | pt_BR |
dc.subject | Evil | pt_BR |
dc.subject | God | pt_BR |
dc.subject | Justice | pt_BR |
dc.subject | Injustice | pt_BR |
dc.title | O problema do mal em Boécio: o sofrimento dos bons e a impunidade dos maus no De consolatione philosophiae. | pt_BR |
dc.title.alternative | The problem of evil in Boecio: the suffering of the good and the impunity of the bad in the De consolatione philosophiae. | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorID | | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/3401699981196855 | pt_BR |
dc.contributor.advisorID | | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/6450962679150321 | pt_BR |
dc.description.resumo | Abordar o problema do mal não é uma tarefa fácil e nem nova, pois muitos autores,
tanto da filosofia quanto da teologia, elaboraram diversos estudos em busca de
solucionar uma questão, que ao mesmo tempo, é tão antiga e atual na vida humana,
seja no âmbito moral, natural ou mesmo metafísico. Não podemos, por conseguinte,
negar que o mal exista e que interfira na vida prática do ser humano, porém, tampouco
se pode mostrar com exatidão a sua origem ou apontar uma fórmula eficaz que
solucione todos os seus efeitos. A questão da existência do mal é ainda mais
problemática quando inserida dentro de um contexto que leve em consideração a
existência de um Deus que age através da sua providência organizando e regendo
todas as coisas com bondade, justiça e sabedoria. Nesse sentido, o nosso objetivo é
abordar a obra testamentária de Severino Boécio escrita no século VI, o De
consolatione philosophiae, composta em cinco livros que tratam tanto da verdadeira
felicidade quanto da incômoda questão do mal perante a existência de um Deus que
governa todas as coisas com bondade e justiça. Num diálogo envolvente entre Boécio,
condenado à morte e a sua consoladora, a “Filosofia”, temas como os falsos bens da
fortuna, a verdadeira felicidade, a existência do mal, a providência divina, o livre-arbítrio
entre outros, serão fundamentais para mostrar duas coisas: que Deus, Sumo Bem, é a
verdadeira felicidade e que o mal não existe, pelo menos no sentido ontológico. Nesse
contexto, Boécio irá abordar a questão do mal em dois momentos: a negação
ontológica do mal e a sua existência apenas no âmbito moral oriundo do livre-arbítrio; e
a questão da impunidade dos maus e do sofrimento dos bons afirmando se tratar de
uma visão equivocada e limitada do homem que não compreende a totalidade do saber
divino, que da eternidade, proporciona a todos o que é devido com sabedoria e justiça.
Para entendermos os argumentos de Boécio para a solução do problema do mal, será
necessário abordarmos dois autores que influenciaram diretamente no seu
pensamento: Agostinho com sua obra “O Livre-Arbítrio” e Platão com seu diálogo
“Górgias”. Em verdade, antes de Boécio, Agostinho também abordou o problema do
mal e negou a sua existência ontológica afirmando sua permanência apenas na esfera
moral oriundo do pecado e proveniente da vontade livre do homem. Da mesma forma,
Platão em “Górgias” aborda a ideia de justiça e injustiça afirmando que cometer uma
injustiça é pior que sofrer e mais, afirma que todo aquele que comete uma injustiça e
fica impune é mais infeliz que o infrator que paga a justa pena pelo seu delito. Por
conseguinte, nosso estudo mostra a fundamental importância de ambos os autores
para a resposta final de Boécio que, além de negar o mal ontológico e garantir que os
bons não estão a mercê da fortuna, garante que a providência divina é justa e não
deixa os maus sem suas devidas punições. | pt_BR |
dc.publisher.department | Instituto de Filosofia, Sociologia e Política | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Filosofia | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPel | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Vasconcellos, Manoel Luís Cardoso | |