Tratamentos hormonais e seus efeitos sobre a produção de embriões bovinos in vivo e in vitro
Abstract
A transferência de embriões (TE) permite a multiplicação de fêmeas geneticamente superiores, contribuindo com o aumento da eficiência na produção de alimentos. Porém, tanto a produção in vivo quando a in vitro ainda necessitam de melhorias. No primeiro estudo, o objetivo foi identificar se a uma única administração de PGF na inseminação artificial (IA) após a superovulação (SOV) melhora as taxas de fecundação e produção embrionária. Vacas doadoras de embriões (n=35) participaram de duas SOV (n=70) sendo que, em cada ciclo, a metade não foi tratada (controle; n=35) e as demais receberam PGF (482µg de cloprostenol; n=35) no momento da primeira IA. No dia da coleta de embriões, registrou-se o número, estágio de desenvolvimento e qualidade das estruturas. As medianas (IC 95%) dos grupos controle e PGF foram, respectivamente, 12 (10-18) e 15 (12-18) estruturas totais; 9 (7-11) e 7 (6-10) embriões viáveis; 1 (0-1) e 1 (1-3) embriões degenerados; e 1 (0-3) e 2 (0-5) oócitos (P>0,05). Conclui-se que uma única administração de PGF no momento da primeira IA não afeta a produção embrionária de vacas superovuladas. No segundo estudo, o objetivo foi avaliar o efeito de um tratamento hormonal injetável para sincronização da onda folicular de doadoras Bos taurus,
sobre a concentração de progesterona (P4), número e qualidade dos complexos cumulus oócito (CCOs) recuperados por aspiração folicular (OPU) e eficiência da produção in vitro de embriões (PIVE). Vacas Bos taurus (n=11) foram submetidas a quatro sessões de OPU (n=44), sendo que no dia zero (D0), a metade foi alocada no grupo controle (não sincronizada; n=22) ou no tratamento (2 mg de benzoato de estradiol; 150 µg de D-cloprostenol; e 300 mg de progesterona injetável; n=22) e no
dia 6 (D6) ocorreu a OPU. Não houve diferença (P>0,05), nas medianas (IC 95%) de estruturas totais e viáveis, sendo respectivamente, 12 (6-15) e 10 (9-19) CCOs totais; 5,5 (5-8) e 6 (5-9) CCOs viáveis; e a taxa de produção de embriões foi 28% (21-46%) para o controle e 33% (22-45%) para o tratamento (P>0,05). Observou-se diferença (P<0,05) apenas na concentração média de progesterona no D6, sendo 2,8±0,8 e 1,1±0,2 ng/mL, para os grupos controle e tratamento, respectivamente. Nas condições deste estudo, conclui-se que este tratamento hormonal para sincronização pré-aspiração não melhorou os parâmetros analisados, não sendo recomendada sua aplicação. Novos estudos são necessários para melhorar a produção in vivo, e aumentar o número e qualidade das estruturas aspiradas para
produção in vitro de embriões bovinos.
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