Diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do Arroio Moreira (RS), a partir da análise da dinâmica de cobertura e uso da terra em consonância com o novo código florestal.

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Data
2021-09-29Autor
Siqueira, Rodrigo de Oliveira
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A presente dissertação teve como objetivo analisar a aplicação do código florestal, em conjunto com análise da dinâmica hidrográfica e do uso da terra na Bacia Hidrográfica do Arroio Moreira (Rio Grande do Sul), com finalidade de propor um diagnóstico ambiental, estabelecendo áreas prioritárias de proteção e recuperação ambiental na área de estudo. Neste intuito, realizou-se a revisão bibliográfica sobre o tema com finalidade de propor um panorama cientificamente coerente com os pressupostos do desenvolvimento sustentável, que evidenciasse a complexidade na interpretação do código florestal, bem como na regularização ambiental das propriedades rurais. Em seguida analisaram-se geograficamente os dados ambientais e socioeconômicos da área de estudo, para compreender aspectos sobre geologia/geomorfologia, solos, hidrografia, capacidade de uso das terras, clima e
produção agrícola e pecuária. A base cartográfica dessa pesquisa foi elaborada por vetorização manual, com técnicas de estereoscopia, interpretação de fotografias aéreas e imagens de satélite. Utilizando de simbologias adaptadas à representação das feições naturais e antropogênicas foi possível visualizar dados referentes aos cenários dos anos de 1964, 2008 e 2014. Os mapeamentos hidrográficos permitiram observar a conversão dos cursos d’água presentes nos campos nativos em canais artificiais, principalmente vinculados à conversão das coberturas campestres em lavouras de arroz irrigado. O setor em que mais ocorreram mudanças foi no Alto Curso da Bacia com a expansão da atividade da rizicultura. Os mapeamentos de cobertura e uso da terra indicaram que na Bacia Hidrográfica do Arroio Moreira as maiores alterações ocorridas, em função dos processos antrópicos, têm relação com a substituição das áreas de campos limpos por pastagens e cultivos temporários,
com ênfase no arroz irrigado. Essa dinâmica coincide com dados socioeconômicos da área de estudo, pois os projetos de irrigação incentivaram a expansão das lavouras de arroz sobre as áreas campestres e terrenos de várzeas, e as demais atividades agrícolas se expandiram nas áreas altas da bacia hidrográfica. A partir da correlação das bases cartográficas dos mapeamentos hidrográficos, de cobertura e uso da terra e os limites dos imóveis rurais (Cadastro Ambiental Rural), foram identificados 76 imóveis rurais inseridos nos limites da Bacia Hidrográfica, com 15,38 km² de Áreas de Preservação Permanente, dos quais, apenas 8,97 km² possuem vegetação nativa preservada. A área restante possui 6,41 km² com uso agrícola podendo ser considerada como Área Rural Consolidada. Os resultados obtidos possibilitaram identificar as áreas mais fragilizadas ambientalmente e as áreas com
remanescentes de vegetação nativa na bacia. Portanto, a partir dessas informações e com os dados levantados, espera-se contribuir na compreensão da utilização do código florestal com finalidade de diagnóstico ambiental, estabelecendo áreas prioritárias de proteção e recuperação ambiental na área de estudo.
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