Planejamento de tratamento estético restaurador: parâmetros a serem considerados e desafios da prática clínica
Abstract
A análise e planejamento de tratamentos restauradores estéticos são etapas essenciais na prática clínica e devem ser realizados criteriosamente para evitar a ocorrência de falhas e insucesso. O objetivo deste estudo é apresentar parâmetros e subsídios para realização da análise e do planejamento estético do sorriso, bem como apresentar possibilidades para o manejo das falhas clínicas por meio de técnicas conservadoras. Entre os vários parâmetros que devem ser considerados,
dois devem ser destacados: avaliação da proporção comprimento/largura do incisivo central e exposição dos bordos incisais dos incisivos centrais superiores quando o paciente está com o lábio em repouso. De posse desta informação, pode-se determinar a posição que o incisivo central deverá assumir, considerando ainda o sexo e idade do paciente. O conhecimento das características do sorriso permite sistematizar o uso de ferramentas e aplicá-las acrescentando naturalidade aos tratamentos. Uma dessas ferramentas é o medidor estético modificado, desenvolvido e demonstrado neste estudo, que permite combinar a proporção dental e exposição incisal de maneira simples, facilitando a visualização da correta indicação de tratamento para obtenção de um sorriso harmônico. Depois de executados, os tratamentos restauradores necessitam de proservação e manutenção. Em alguns casos as falhas podem acontecer e o reparo é uma alternativa interessante para o tratamento conservador, evitando substituição e desgaste de tecido dental sadio. Dois casos são apresentados ilustrando condutas frente a diferentes situações clínicas: I. procedimento de reparo com resina
composta que postergou a substituição dos laminados cerâmicos com fratura, aumentando assim a longevidade das restaurações existentes, evidenciando que a substituição não precisa ser a primeira opção de tratamento na presença de falha e que estas podem ser gerenciadas de maneira conservadora, evitando ou adiando a necessidade de reintervenção ou substituição. II. procedimento de colagem de fragmento de laminado cerâmico, que foi efetivo e facilitou o manejo clínico, sem
necessidade de intervenção invasiva, com excelente relação custo/benefício, funcionalidade e estética após 5 anos. Neste cenário, é importante: realizar um diagnóstico correto e definir o tratamento, considerando o domínio técnico do profissional e a individualidade humana. O planejamento adequado envolve análise de parâmetros estéticos e uso de ferramentas para facilitar a indicação e a execução
da técnica correta. Ainda assim, os tratamentos envolvem riscos e benefícios que devem ser esclarecidos ao paciente, ponderando inclusive a não realização de tratamentos desnecessários. O manejo de possíveis falhas deve priorizar a saúde por meio da prática clínica minimamente invasiva e conservadora.
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