Respostas de um programa de alongamento supervisionado remotamente durante Pandemia por Covid-19 no quadro doloroso, depressão, sono e funcionalidade em mulheres com fibromialgia: um ensaio clínico randomizado
Resumen
O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de um programa de alongamento supervisionado remotamente durante a pandemia da covid-19 no quadro doloroso, sintomas depressivos, qualidade do sono e flexibilidade de mulheres com fibromialgia. Participaram do estudo 28 mulheres com fibromialgia
primária com idades entre 30 e 60 anos que foram randomizadas em dois grupos: grupo experimental (n = 13; 49,9 ± 8,0 anos) que recebeu um guia de aconselhamento de exercícios de alongamento com vídeo explicativo quanto a execução dos exercícios e realizou as atividades propostas durante sessões
supervisionadas remotamente 2 vezes na semana; e grupo controle ativo (n = 15; 47,0 ± 6,5 anos), que também recebeu o guia de aconselhamento de exercícios de alongamento com vídeo explicativo para serem realizados de forma isolada. A intervenção teve duração de 12 semanas com medidas dos
desfechos do estudo pré (semana 0), durante (semana 6) e após a intervenção (semana 13). Os desfechos do estudo foram medidos pelos instrumentos (1) Widespread Pain Index (WPI), (2) Escala de Gravidade de Sintomas - Symptom Severity, (3) Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ), (4) Beck Depression Inventory (BDI), (5) Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) e (6) International
Physical Activity Questionnaire (IPAQ), que foram auto aplicados e preenchidos online por meio do Google Forms. Além disso, a dor em repouso e após o movimento foi medida por meio da Escava Visual Analógica (EVA) de dor durante chamada de vídeo, assim como a flexibilidade de membros inferiores,
que foi medida pelo Flexitest. A análise dos dados foi realizada por protocolo e por intenção de tratar utilizando o teste Generalized Estimating Equations (GEE) e teste post-hoc de Bonferroni (α=0,05). Os resultados demonstraram redução no índice de dor generalizada (GE: 45,1 ± 30,3%; GC: 35,7 ± 29,1%), melhora na qualidade do sono (GE: 28,7 ± 34,2%; GC: 2,7 ± 26,7%), redução na
gravidade dos sintomas (GE: 29,5 ± 43,7%; GC: 18,1 ± 32,6%), redução sintomas depressivos (GE: 38,1 ± 32,8%; GC: 1,6 ± 68,4%) e redução no impacto10 da fibromialgia na qualidade de vida (GE: 20,6 ± 21,1%; GC: 7,7 ± 5,4%) após a intervenção para ambos os grupos, sem diferença entre eles. Com relação ao nível de dor medido pela EVA, foi observada redução dos valores de dor em
repouso (GE: 38,2 ± 43,0%; GC: 16,9 ± 17,3%) e após o movimento (GE: 49,7 ± 40,2%; GC: 20,8 ± 23,5%) em ambos os grupos, sem diferenças entre eles. Adicionalmente, a análise por intenção de tratar demonstrou melhora na flexibilidade (GE: -13,0 ± 53,9; GC: -60,4 ± 70,1) em ambos os grupos após a
intervenção. Pode-se concluir o programa de alongamento, realizado de forma supervisionada ou não, foi eficaz para promover a melhora no quadro doloroso, nos sintomas depressivos, na qualidade do sono e na flexibilidade de mulheres com fibromialgia.
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