Cascos no asfalto: etnografia das interações urbanas entre cavalos, humanos e outros bichos.
Resumo
As famílias que trabalham com tração animal - designadas pelo termo êmico
charreteiros – são o eixo central desta pesquisa etnográfica, desenvolvida na zona
urbana de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. São abordadas suas práticas
cotidianas, narrativas e trajetórias, bem como suas relações com os animais e com a
cidade; o posicionamento do poder público e de segmentos organizados da
sociedade que lutam pelo fim da tração animal; e a ação de docentes e discentes,
principalmente do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Pelotas, envolvidos na ―Ação de atenção a carroceiros e catadores de lixo de
Pelotas, RS‖. Pretendo mostrar a heterogeneidade desses charreteiros, observando
os conflitos e negociações oriundos de projetos de lei que pretendem abolir a tração
animal no perímetro urbano, em processo no qual as relações de poder são bastante
desiguais.
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