Novos compósitos autorreparáveis para restauração dentária
Resumen
A evolução dos materiais dentários facilitou a prática do cirurgião dentista. Os principais objetivos dos tratamentos odontológicos são reestabelecer a saúde bucal e devolver a forma e a função normal dos elementos dentários, propiciando um tratamento longevo, sem prejuízos estéticos e efeitos negativos para os pacientes. Dentro deste contexto, considerando que o uso de resinas compostas tem uma
ampla aplicação clínica, e que os distintos procedimentos clínicos nos quais são utilizadas exigem muito das suas propriedades mecânicas e desempenho à longo prazo o desenvolvimento contínuo da qualidade dos compósitos restauradores é um importante. Uma das principais causas de substituição de restaurações com resinas compostas é a fratura. Assim, esse estudo busca contribuir para a evolução destes materiais por meio de uma revisão sistemática da literatura atual e estudo in vitro.
Os objetivos foram: 1 Revisar sistematicamente a literatura a respeito da existência de sistemas de autorreparo em materiais odontológicos e mapear o atual estágio de desenvolvimento tecnológico desses materiais. 2 Desenvolver e avaliar in vitro um novo sistema de autorreparo que combine a utilização de duas cápsulas com monômeros distintos a fim de otimizar o processo de autorreparo e aumentar a resistência mecânica após a trinca ou fratura inicial do compósito. Para o estudo 1, dois revisores realizaram uma pesquisa bibliográfica atualizada até fevereiro de 2020, uma pesquisa eletrônica foi realizada usando as seguintes bases de dados: PubMed (Medline), Embase, Lilacs, Ibecs, Web of Science, Scopus, BBO, Scielo e The Cochrane Library, usando a estratégia de busca desenvolvida para PubMed (Medline) e adaptada para outras bases. Foram incluídos artigos que adicionaram sistemas de autoreparo em materiais odontológicos. Foram analisados dados referentes ao tipo e eficiência do sistema de autoreparo e também sua influência nas propriedades mecânicas dos materiais, 889 registros potencialmente relevantes 12 estudos preencheram todos os critérios de seleção e foram incluídos na análise qualitativa, 5 artigos foram incluídos na meta-analise, análise quantitativa, da eficiência de autorreparo e módulo de elasticidade, 4 artigos para resistência à flexão. No estudo 2, cápsulas de autoreparo foram preparadas por polimerização em emulsão com formaldeído e uréia. Com diferentes composições de líquido autorreparável. As cápsulas foram analisadas quanto à estrutura molecular com espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR / ATR), morfologia da superfície avaliada com microscopia eletrônica de varredura (MEV). Resinas experimentais, com e sem a adição de cápsulas de autorreparo foram submetidas aos testes de Grau de conversão (CC), resistência à flexão (σf) e módulo de elasticidade (Ef), Avaliação da tenacidade à fratura (KIC) e eficiência o autorreparo, Microscopia eletrônica de varredura (MEV), análise de rugosidade por microscopia de força atômica (AFM). Como resultado, um novo sistema de
autorreparo de resinas compostas foi desenvolvido. Os resultados demonstraram que as evidências na literatura sugerem que a adição de agentes de autorreparo aos materiais dentários pode melhorar a longevidade dos materiais dentários, sendo capaz de barrar a continuidade da trinca formada. A adição de cápsulas não alterou o desempenho da resina experimental (p> 0,05), e os grupos com cápsulas
apresentaram eficiência de autorreparo. O novo sistma de autorreparo apresentou uma eficiência de (22.1 ± 0.08%) na recuperação do KIC. A revisão resumiu uma nova tendência em materiais dentários, os sistemas de autorreparo. Em conclusão, o uso desses materiais em um futuro próximo pode aumentar a longevidade dos materiais dentários. Na resina composta desenvolvida, Todos os materiais testados apresentaram eficiência de autocura. O estudo in vitro demonstrou uso de um líquido de autorreparo contendo Bisfenol A glicidilmetacrilato–BisGMA, trietilenoglicol metacrilato–TEGDMA e como iniciadores da reação peróxido de benzoila e dihidroxietil p-toluidina-DHEPT foi eficaz para promover o reparo de trincas no material.
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