Identificação e descrição de grupos de risco de crianças nunca vacinadas em países de baixa e média renda por meio de árvores de decisão
Abstract
A fim de “não deixar ninguém para trás”, a Agenda de Imunização 2030 tem como meta a redução de desigualdades em vacinação. Árvores de decisão são métodos estatísticos robustos que podem ser usadas para identificar grupos de risco de não vacinação entre crianças – denominadas crianças dose zero – em países de baixa e média renda (PBMR). Árvores de classificação e regressão (CART, em inglês) foram criadas para 92 PBMRs e para todos os países combinados usando dados de inquéritos Demographic and Health Surveys (DHS) e Multiple Indicator Cluster Surveys (MICS) a fim de identificar grupos de risco de dose zero entre crianças de 12 a 23 meses. Os grupos de risco identificados foram caracterizados em termos de riqueza, educação da mãe, local de residência e sexo. Três grupos de risco foram identificados e aquele com a maior prevalência de dose zero (42%) representava 4%
de todas as crianças, mas correspondia a uma dentre cada quatro crianças dose zero. Este grupo foi composto por crianças cujas mães não receberam nenhuma dose da vacina antitetânica, não fizeram pré-natal e cujo parto não foi realizado em uma unidade de saúde. Quanto maior a prevalência de dose zero em um grupo, mais pobres, rurais e com mães menos instruídas eram as crianças desse grupo. As árvores nacionais apresentaram um resultado semelhante. Existe uma oportunidade de melhor integração entre estes serviços para que os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável possam ser alcançados. As árvores de decisão se mostraram uma técnica promissora para identificação de grupos de risco na pesquisa epidemiológica.
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