Pôr em cena a partir das sombras: uma poética em artes visuais
Abstract
Abordo no decorrer desta escrita meu processo de produção e pensamento que perpassam um entendimento de como as possíveis articulações entre a escultura, o corpo e a sombra me permitem discutir tensões micropolíticas na minha produção em arte visuais. Apresento dois conjuntos de trabalhos, um primeiro que contextualiza o que compreendo como um teatro de sombras, que me permite propor determinadas discussões pelo uso e articulação de sombras no trabalho, e compõem também um percurso que desemboca na produção mais atual. E outro conjunto trata de esculturas performadas por corpos negros, que tangenciam noções sobre como o corpo negro é percebido no
contexto social, circunstancialmente em função do racismo estrutural que coloca em voga noções sobre visibilidade. Os trabalhos abordados bem como as relações que estabeleço entre a produção de outros artistas, como Regina Silveira, William Kentridge, Thiago Sant’ana e Renata Felinto e teóricos como, Roberto Casati (2001), Victor Stoichita (1999), José Euzébio Assumpção (2013) e Franz Fanon (2018), propõem imagens que vão em direção ao binômio luz e sombra trazendo discussões distintas que perpassam tanto aspectos formais quanto conceituais da produção em arte contemporânea.
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