O milho, a Nossamérica e a guerra dos mundos : por uma mitologia e uma etnografia pós-social no Brasil e no México
Abstract
A partir da mitologia estrutural de Claude Lévi-Strauss, este trabalho relaciona em uma etnografia pós-social o papel das experiencialidades ameríndias diante da situação colonial e em suas pluralidades em Nossamérica. Busca-se enfatizar o caráter cosmopolítico das experiências ameríndias diante da situação colonial. O interesse específico está nas narratividades que veiculam estratégias ontológicas e políticas de distintos grupos e povos ameríndios e que deflagram as dicotomias modernas do tipo natureza e cultura. Ao enfatizar experiências que anunciam um pensamento outro, nos interessa pensarmos, em termos de ontologias
comparadas, como se constituem os pressupostos cosmológicos de uma política de alteridades como proposto através de Martin Holbraad nos trabalhos de Eduardo Viveiros de Castro. Assim, pensar redes de explicações sociotécnicas, como fez Bruno Latour e a partir do milho será a estratégia metodológica para questionarmos projetos relativistas ao mesmo tempo que buscamos desconstruir uma ideia romântica do mito enquanto tradição do passado. O objetivo específico será seguir etnograficamente os caminhos de híbridos do tipo natureza-cultura como anunicado por Marisol De La Cadena. Os novos coleitvos, de acordo com Bruno Latour e gerados em uma análise mitológica de distintas narratividades que contenham o milho nos colocará em relação a novos temas, como o xamanismo e os devires de povos e grupos ameríndios anunciados em narrativas que mesclam história, mitologia, literatura e folclore.
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