Mulheres ao mar: escrita performance e contracorpo, escrita com corpo, corpo com escrita
Resumo
Este trabalho intitulado, Mulheres ao mar: Escrita performance e contracorpo, escrita com corpo, corpo com escrita, trata-se de uma pesquisa desenvolvida no curso de pós graduação em educação, da Universidade Federal de pelotas, e se relaciona com o campo dos estudos em teatro, literatura e música. Possui como objetivo problematizar a escrita de pesquisa como um exercício de escrita do corpo com mulheres. Sustenta a tese que a escrita de pesquisa, como uma escrita do corpo com mulheres, se dá como contracorpo, ou seja, como um exercício polifônico de orquestração de vozes através da escrita performance. Utiliza as contribuições de autoras como: Clarice Lispector, Maria Gabriela LLansol, Virginia Woolf, Glória Anzaldúa, Audre Lorde, Conceição Evaristo, Grada Kilomba, entre outras. Insere-se nos estudos benjaminianos acerca da experiência narrativa, articulado com a perspectiva da etnografia surrealista proposta por Clifford (2022) e desenvolvida por Bussoletti e pelo GIPNALS (2007 2024). O texto, amparado por Walter Benjamin, foi construído através de uma arquitetura fragmentária, musical e pela textualidade que busca se aproximar de um bordado em mosaico. Os fragmentos procuram dialogar com o limite e a tensão que se estabelece, pela escrita, entre a página e o todo do trabalho e acontecem através do diálogo com a obra “58 Indícios sobre o corpo” de Jean Luc Nancy, as escritas das mulheres e dos autores e das autoras que corroboram com a escrita pela tese defendida. Pela música, a imagem de inspiração é a técnica composicional do contraponto, que permite que várias vozes possam ser entoadas simultaneamente em um todo polifônico e utilizando a imagem da fuga como forma contrapontística, estabelece e distribui o conjunto dos fragmentos em três seções: Exposição, Desenvolvimento e Reexposição. A seção desenvolvimento é composta (parte 2), de um exercício de performance realizado. As vozes das mulheres, orquestradas em polifonia, pelo texto, apontam para a necessidade de reforçar a beleza e a complexidade da existência humana, através da escrita de mulheres, como uma forma de luta e resistência ao empobrecimento da experiência narrativa na contemporaneidade.
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