Passeios Esquizos: cinema, filosofia, educação
Abstract
Passeios esquizos, fendidos, um pouco de ar, vento, estradas, e
passos sugerem um aprendizado, uma amizade, memórias, fabulações,
devires, segredos de viajantes de diferentes tribos. Por
toda parte, pisadas: ligeiras, crianceiras, secretas. E toda uma
diagramática é concebida para capturar as relações de forças e
ressaltar, no percurso e no percorrido, linhas, fluxos e composições.
Da vida, lampejos de pensamentos desgarram-se. Dos pensamentos,
possibilidades de vida desprendem-se. É nesse ponto
que a experimentação de uma vida suscita outros modos de pensamento
e desencadeia novas maneiras de viver. É por essa conjugação
com a vida que os signos se dão à sensibilidade e coagem-na
a sentir. A agressão inicial repercute: leva a memória a aprender
um imemorial, a fabular um porvir e a resistir ao presente;
introduz o tempo no pensamento e o desafia a pensar o impensado.
À vista disso, a aprendizagem conduz as faculdades ao exercício
transcendente e requer a exploração de signos. A conexão entre
vida, pensamento, passeios esquizos, amizade, devires e fabulações
duplica forças e abre os corpos ao incomensurável de si e
do mundo