Controle químico pós-colheita de podridão parda e seu efeito nas características físico-químicas e sensoriais de pêssego Eldorado in natura
Abstract
Objetivou-se com este trabalho, avaliar a eficiência dos produtos dicloran,
dióxido de cloro, brassinolide, óleo de melaleuca e digluconato de clorexidina no
controle pós-colheita de Monilinia fructicola e a influência dos mesmos nas
características físico-químicas e sensoriais de pêssegos Eldorado , armazenados
durante dois e quatro dias em ambiente (20±2ºC e 65-70% UR). Sendo assim,
pêssegos colhidos no estádio de maturação incipiente, selecionados por tamanho,
sem presença de lesões foram inoculados artificialmente com esporos de Monilinia
fructicola na razão de 2 x 105 conídios por mililitro (2 x 105 conídios.mL1). Testou-se
os seguintes tratamentos: T1 - Controle (desinfestação + inoculação); T2 - T1 e
Dicloran; T3 - T1 e Dióxido de cloro (ClO2); T4 - T1 e Brassinolide; T5 - T1 e Óleo
melaleuca; T6 - T1 e Digluconato de clorexidina. Após a aplicação dos tratamentos,
todos os pêssegos foram armazenados durante dois e quatro dias em ambiente
(20±2ºC e 65-70% de UR), sendo avaliadas as características físico-químicas e
sensoriais dos frutos. Para as características físico-químicas, utilizou-se o
delineamento experimental inteiramente casualizado com 4 repetições de 20 frutos
por tratamento, em cada tempo de avaliação e, para as características sensoriais,
utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, cada bloco correspondente a
uma repetição de 20 frutos por tratamento. Posteriormente, os resultados de cada
característica sensorial foram submetidos a análise da variância, médias
comparadas pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05), correlação de Pearson e análise
multivariada ACP (Análise de Componentes Principais). Com exceção das
características físico-químicas pH e acidez titulável (AT), as demais apresentaram
variação estatística em função dos tratamentos e tempos de armazenamento dos
frutos. Portanto, conclui-se que os produtos dicloran, brassinolide e óleo de
melaleuca são eficientes no controle da podridão parda (Monilinia fructicola) em
pêssego Eldorado , após quatro dias de armazenamento em ambiente (20±2ºC e
65-70% UR) e; frutos de pêssego Eldorado tratados com dicloran, brassinolide e
óleo de melaleuca apresentam variações físico-químicas e sensoriais que não
comprometem a qualidade para o consumo in natura, quando armazenados por
quatro dias em ambiente (20±2ºC e 65-70% UR).