Período de floração e viabilidade do pólen das cultivares de oliveira Arbequina e Koroneiki, em Bagé/RS.
Resumen
A oliveira (Olea europaea L.) pertence à família Oleaceae, a qual é
composta por cerca de 35 espécies do gênero Olea. Todas as oliveiras cultivadas
e as silvestres são da espécie europaea. No Brasil, há pouca pesquisa em
realização, a qual foi praticamente interrompida nos últimos 30 anos. Somente
nesta última década, a pesquisa com oliveiras foi reiniciada. Portanto, as
informações técnicas obtidas em condições nacionais são quase inexistentes.
Assim, é importante a realização de pesquisas para obtenção de conhecimentos
quanto aos principais aspectos técnicos que abrangem sistemas de produção. O
presente trabalho teve como objetivos determinar o período de floração e a
viabilidade do pólen das cultivares de oliveira Arbequina e Koroneiki , em
Bagé/RS, nos anos de 2008 e 2009. As avaliações do período de floração foram
realizadas entre os meses de setembro a novembro. O delineamento foi
inteiramente casualizado, sendo utilizado quatro repetições (planta). Em cada
planta foram selecionados cerca de 200 rácimos florais por quadrante imaginário
(Leste, Oeste, Norte e Sul), totalizando aproximadamente 800 rácimos/planta.
Nos ramos e rácimos florais, identificou-se o estádio fenológico de cada estrutura
vegetativa ou reprodutiva, utilizando a metodologia adaptada por Fernández-
Escobar e Rallo (1981), na qual são definidos, resumidamente: a) repouso
invernal (dormente); b) começo da brotação; c) formação dos rácimos florais; d)
inchamento dos botões florais; e) diferenciação das corolas; f) início da floração;
f1) plena floração; g) queda das pétalas; h) formação dos frutos. Para avaliar a
viabilidade do pólen conduziram-se três experimentos em Laboratório, nos anos
de 2008 e 2009. O primeiro experimento constou de diferentes testes de
viabilidade do pólen (colorimétrico, germinação in vitro e germinação in vivo). A
variável avaliada foi à viabilidade do pólen expressa em porcentagem (teste
colorimétrico, identificada somente pela coloração do pólen; testes in vitro e in
vivo, pela percentagem de pólen germinado). O segundo experimento foi
composto de diferentes concentrações de ácido bórico (0, 25, 50, 75,100 e 125
mg.L-1) adicionadas a meios de culturas compostos por 1% de ágar e 15% de
sacarose. A variável avaliada foi viabilidade do pólen caracterizada pela
porcentagem de pólen germinado. O terceiro experimento comparou a viabilidade
de polens armazenados durante 12 meses em dessecadores com sílica-gel com
polens frescos (coletado e colocado para germinar após a deiscência das
anteras). A variável avaliada foi viabilidade do pólen caracterizada pela
ii
porcentagem de pólen germinado. Segundo a metodologia utilizada, a floração
das oliveiras Arbequina e Koroneiki , em 2008 e 2009, teve início nos dias 16 e
20 de outubro e término nos dias 11 e 09 de novembro. O período de floração
para as duas cultivares, nos anos de 2008 e 2009 foi idêntico, sendo 27 e 15 dias,
respectivamente. O método colorimétrico superestima o percentual de polens
viáveis em oliveiras Arbequina e Koroneiki . O uso de ácido bórico no meio de
cultura não influencia na germinação in vitro de pólen de cultivares de oliveira
Arbequina e Koroneiki. Polens de oliveiras Arbequina e Koroneiki ,
armazenados a -16°C em dessecador com sílica-gel, durante doze meses,
diminuem a porcentagem de viabilidade em ambas as cultivares.
A oliveira (Olea europaea L.) pertence à família Oleaceae, a qual é
composta por cerca de 35 espécies do gênero Olea. Todas as oliveiras cultivadas
e as silvestres são da espécie europaea. No Brasil, há pouca pesquisa em
realização, a qual foi praticamente interrompida nos últimos 30 anos. Somente
nesta última década, a pesquisa com oliveiras foi reiniciada. Portanto, as
informações técnicas obtidas em condições nacionais são quase inexistentes.
Assim, é importante a realização de pesquisas para obtenção de conhecimentos
quanto aos principais aspectos técnicos que abrangem sistemas de produção. O
presente trabalho teve como objetivos determinar o período de floração e a
viabilidade do pólen das cultivares de oliveira Arbequina e Koroneiki , em
Bagé/RS, nos anos de 2008 e 2009. As avaliações do período de floração foram
realizadas entre os meses de setembro a novembro. O delineamento foi
inteiramente casualizado, sendo utilizado quatro repetições (planta). Em cada
planta foram selecionados cerca de 200 rácimos florais por quadrante imaginário
(Leste, Oeste, Norte e Sul), totalizando aproximadamente 800 rácimos/planta.
Nos ramos e rácimos florais, identificou-se o estádio fenológico de cada estrutura
vegetativa ou reprodutiva, utilizando a metodologia adaptada por Fernández-
Escobar e Rallo (1981), na qual são definidos, resumidamente: a) repouso
invernal (dormente); b) começo da brotação; c) formação dos rácimos florais; d)
inchamento dos botões florais; e) diferenciação das corolas; f) início da floração;
f1) plena floração; g) queda das pétalas; h) formação dos frutos. Para avaliar a
viabilidade do pólen conduziram-se três experimentos em Laboratório, nos anos
de 2008 e 2009. O primeiro experimento constou de diferentes testes de
viabilidade do pólen (colorimétrico, germinação in vitro e germinação in vivo). A
variável avaliada foi à viabilidade do pólen expressa em porcentagem (teste
colorimétrico, identificada somente pela coloração do pólen; testes in vitro e in
vivo, pela percentagem de pólen germinado). O segundo experimento foi
composto de diferentes concentrações de ácido bórico (0, 25, 50, 75,100 e 125
mg.L-1) adicionadas a meios de culturas compostos por 1% de ágar e 15% de
sacarose. A variável avaliada foi viabilidade do pólen caracterizada pela
porcentagem de pólen germinado. O terceiro experimento comparou a viabilidade
de polens armazenados durante 12 meses em dessecadores com sílica-gel com
polens frescos (coletado e colocado para germinar após a deiscência das
anteras). A variável avaliada foi viabilidade do pólen caracterizada pela
ii
porcentagem de pólen germinado. Segundo a metodologia utilizada, a floração
das oliveiras Arbequina e Koroneiki , em 2008 e 2009, teve início nos dias 16 e
20 de outubro e término nos dias 11 e 09 de novembro. O período de floração
para as duas cultivares, nos anos de 2008 e 2009 foi idêntico, sendo 27 e 15 dias,
respectivamente. O método colorimétrico superestima o percentual de polens
viáveis em oliveiras Arbequina e Koroneiki . O uso de ácido bórico no meio de
cultura não influencia na germinação in vitro de pólen de cultivares de oliveira
Arbequina e Koroneiki. Polens de oliveiras Arbequina e Koroneiki ,
armazenados a -16°C em dessecador com sílica-gel, durante doze meses,
diminuem a porcentagem de viabilidade em ambas as cultivares.