Suplementação estratégica em bovinos de corte
Resumo
Com diferentes objetivos foram avaliados diferentes métodos estratégicos de
suplementação para bovinos de corte, bem como as potencialidades de utilização
dentro dos diferentes sistemas de produção em dois distintos projetos. No Experimento
1, Trinta e duas vacas Angus multíparas em escore de condição corporal moderado (3
em escala de 1 a 5) receberam suplementação alimentar no início de lactação, por um
período curto (35 dias), para determinar o efeito sobre a produção e composição do
leite e o desemenho de vacas e bezerros. A avaliação da produção de leite,
desempenho ponderal de vacas e bezerros foram controlados no dia 0 (inicio); 14 (meio)
e 35 (final) do período de suplementação. Não houve efeito (P>0,05) da suplementação
na produção ou de qualquer componente do leite em ambos os grupos, bem como
sobre o desempenho de bezerros. Composição do leite foi diferente entre os períodos,
onde a gordura foi maior no meio da suplementação e lactose foi maior no final deste
período. Vacas suplementadas apresentaram maior (P=0,03) ganho de peso médio
diário no período final da suplementação. Vacas de corte podem ganhar peso durante o
período de lactação em resposta a suplementação em um curto período, sem qualquer
influência sobre a produção e composição do leite ou no desempenho dos bezerros. No
Experimento 2, quatro novilhas de corte canuladas no rumen e duodeno foram
utilizadas em um desenho experimental 5x4 Quadrado Latino incompleto, para
determinar a utilização do farelo de camelina como um suplemento proteico em
reposição ao farelo de soja. Os animais foram alimentados com feno (7,1% de PB,
52,2% de FDN em base de MO) e a dieta foi formulada para atender a exigência PDR
para o feno oferecido com farelo de soja como suplemento proteico. Em uma base
isoprotéica, os tratamentos foram calculados para substituir o farelo de soja em cinco
diferentes níveis (0, 25, 50, 75 e 100%). Não foi encontrado efeito (P>0,05) da
reposição do farelo de soja por farelo de camelina na digestão da matéria orgânica,
fibra e digestibilidade do nitrogênio, bem como não hove diferenças (P>0,05) nos
padrões de fermentação ruminal, refletindo em um desempenho ponderal semelhante
(P>0,05). Sendo assim, o farelo de camelina parece ser uma adequada alternativa ao
farelo de soja como um suplemento proteíco em dietas a base de forragem para
bovinos de corte.