Farelo de canola na dieta de frangos de corte: desempenho, qualidade de carcaça e de carne
Resumen
O farelo de canola tem sido estudado como uma fonte proteica alternativa ao farelo de soja em dietas para não ruminantes. Com isso, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes níveis de farelo de canola nas dietas de frangos de corte sobre o desempenho zootécnico, características de carcaça, coeficiente de digestibilidade, composição centesimal da carne, qualidade da carne (instrumental e sensorial) e morfometria duodenal. Foram alojados 320 frangos machos da linhagem Cobb, com um dia de idade, até os 35 dias. As aves foram distribuídas ao acaso em um delineamento completamente casualizado, contendo cinco níveis de farelo de canola (T1 - 0%, T2 - 10%, T3 - 20%, T4 - 30% e T5 - 40%) em substituição ao farelo de soja, e oito repetições com oito aves cada uma. As dietas basais foram formuladas a base de milho e farelo de soja, atendendo as exigências nutricionais das aves. Para avaliação do efeito dos níveis de inclusão de canola com exceção na análise sensorial foi utilizada análise de regressão polinomial. Para análise sensorial foi aplicado análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Em geral, as variáveis de ganho de peso e o peso médio das aves tiveram um comportamento quadrático nas diferentes idades estudadas e reduziram com a inclusão de 40% de canola na dieta. O aumento nos níveis de farelo de canola promoveu uma redução linear no rendimento do peito aos 35 dias de idade. Os coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca, da proteína bruta e do extrativo não nitrogenado reduziram linearmente com o aumento na inclusão de farelo de canola. A composição centesimal da perna não foi afetada, porém no peito houve um aumento da matéria seca, aumento do extrato etéreo e redução da umidade e das cinzas com o aumento do nível de farelo de canola. Com a inclusão de canola houve redução na intensidade de cor amarela da carne. Na análise sensorial a única diferença encontrada foi para o sabor residual da carne no nível de 30% de inclusão. Na morfometria intestinal foi observado um efeito quadrático descrente até o nível de 20% de inclusão de farelo de canola na dieta para altura de vilosidades. Em conclusão, o farelo de canola pode ser incluído em até 20% na dieta de frangos de corte sem afetar nenhuma das variáveis de interesse zootécnico.