Aplicabilidade do uso do mapa de danos em fachadas de edificações inventariadas

Abstract

Apesar do grande interesse cultural e social despertado pelas edificações históricas, grande parte das edificações inventariadas pelos municípios carecem de cuidados, demonstrando a falta de preocupação e de conhecimento, dos proprietários, e usuários com a preservação do patrimônio edificado. As fachadas, como elementos mais externos das edificações, estão sujeitas de forma mais severa à ação de agentes agressivos, tornando-se necessário a adoção de métodos de controle e acompanhamento do avanço da degradação sofrida por estas edificações. Dentre as diversas metodologias existentes para avaliar a degradação sofrida pelas edificações, este estudo teve como objetivo determinar uma amostra de fachada inventariadas pelo Município de Santo Ângelo/RS, para determinar a viabilidade do uso do Mapa de Danos através de imagens feitas in loco e pelas ferramentas online, avaliando as limitações existentes na aplicação da metodologia nas imagens, tendo em vista que o grande obstáculo para a aplicação do método está em obter imagens sem interferências como vegetações, toldos, banner, placas, entre outros. Ao todo foram avaliadas 82 fachadas, destas, apenas 16 estavam aptas para a aplicação da metodologia, demonstrando que apesar de ser uma ferramenta amplamente utilizada na análise de manifestações patológicas, o Mapa de Danos possui limitações quando aplicado diretamente em imagens. A aplicação do Mapa de Danos na Antiga Casa Rei Sabo demonstra o que ocorre com grande parte das edificações analisadas, onde as manifestações patológicas que ocorrem com maior intensidade estão relacionadas a falta de manutenção, como por exemplo o descolamento da pintura e as manchas de umidades.