Adaptações biomecânicas com ferraduras de alumínio, plástico e aço em superfície controlada

Visualizar/ Abrir
Data
2024-08-16Autor
Bitencourt, Carolina Bicca Noguez Martins
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As adaptações biomecânicas imediatas ao ferrageamento com diferentes
materiais ainda são pouco compreendidas, especialmente considerando que a
maioria dos estudos foca em períodos de adaptação mais longos. O objetivo
deste estudo foi analisar as adaptações biomecânicas imediatas após o
ferrageamento com diferentes materiais durante as andaduras de passo e trote.
Seis éguas com idade entre 5 e 9 anos, mantidas em sistema extensivo por 90
dias, foram submetidas a ferrageamento com ferraduras de alumínio, plástico e
aço, em ordem sequencial. Os dados cinemáticos foram capturados em uma
superfície controlada usando videografia 2D, com 24 marcadores reflexivos
posicionados em pontos anatômicos do lado esquerdo dos animais. As variáveis
temporais, lineares e angulares foram analisadas para os membros torácicos e
pélvicos, utilizando o software BM® SPSS® v29. Observou-se que, embora não
houvesse variações significativas nas variáveis cinemáticas ao comparar
equinos sem ferraduras com aqueles ferrageados, houve diferenças em
variáveis como comprimento de passada (CP), duração de passada (DP),
velocidade (V), duração de suspensão (DS), tempo de breakover (TB), altura
máxima do casco (AM) e retração (R) do membro ao longo do tempo. A análise
revelou que as ferraduras de alumínio exigiram menos tempo de adaptação em
comparação com as de aço e plástico, com estas últimas apresentando maior
impacto na DS e AM. Conclui-se que os equinos necessitam de um período de
adaptação para minimizar as variações cinemáticas após o ferrageamento,
sendo o material da ferradura um fator influente nesse processo.