Proficiência linguística e internacionalização: um olhar sobre os programas de pós-graduação notas 5, 6 e 7 da UFPel
Resumo
A partir da relevância dada ao processo de internacionalização presente na educação superior
no Brasil e ao redor do mundo, esta dissertação buscou analisar um determinado número de
Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), instituição
localizada no Sul do país. O objetivo da pesquisa foi investigar o nível de proficiência, a partir
da proficiência autodeclara e da verificada em testes oficiais, de docentes e discentes de
Programas de Pós-Graduação notas 5, 6 e 7, de acordo com a avaliação da CAPES entre
2013-2016. A fim de checarmos o quanto isso reflete nas ações voltadas à internacionalização
que os PPGs já realizam bem como naquelas que eventualmente estejam em processo de
planejamento e desenvolvimento, na estrutura dos Programas e no processo de
internacionalização na instituição. Para que os objetivos da pesquisa fossem alcançados
abordamos conceitos gerais sobre a internacionalização, além da importância de documentos
de políticas linguísticas a partir da centralidade presente dos idiomas no processo, e de que
forma a proficiência pode ser medida, através da proficiência autodeclarada e da verificada
em testes oficiais. O estudo tem caráter qualitativo e documental e os dados utilizados foram
obtidos através da aplicação de um questionário online, com perguntas abertas e fechadas,
sendo a interpretação das respostas realizada após a elaboração de gráficos. Logo,
identificamos que há uma conscientização dos docentes e discentes em relação à importância
da realização de testes de proficiência oficiais e ainda há uma barreira linguística presente na
proficiência dos discentes ao analisarmos suas habilidades nos idiomas inglês, francês,
espanhol e português para estrangeiros. Além disso, checamos que há uma predominância do
inglês como idioma recorrente em testes de proficiência oficiais e ações voltadas à
internacionalização, mesmo com a valorização que vem sendo dada ao espanhol na educação.
E, ainda, vemos que apesar do baixo número de alunos considerados estrangeiros na
instituição, as ações voltadas à internacionalização realizadas no exterior e no contexto local
analisado, são similares e necessitam de um conhecimento básico em idiomas.

