Produção de mudas e reutilização de substrato para morangueiro em sistema com recirculação da solução nutritiva

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Data
2021-01-06Autor
Rosa, Douglas Schulz Bergmann da
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O cultivo de morangueiro em substrato com recirculação da solução nutritiva
drenada pode ser uma alternativa viável para a obtenção de alto rendimento e elevada
qualidade de frutos, além de otimizar os recursos produtivos, com reduzido impacto
ambiental. Todavia um dos principais entraves na produção brasileira de morangos,
está no atraso na entrega do material, o que leva a transplantes tardios, retardando o
início da colheita fazendo com que os produtores não consigam colocar o fruto no
mercado na época de maior preço. Portanto, é importante que os sistemas de
produção de mudas no Brasil sejam aprimorados, obtendo-se, assim, mudas de alta
qualidade e que possibilitem o transplante precoce. Foram realizados, em um abrigo,
localizado no município de Capão do Leão/RS, quatros experimentos em dois ciclos
de cultivos, 2016/2017 e 2017/2018. No primeiro ciclo de cultivo, 2016/2017, dois
experimentos foram executados: o Experimento 1 teve como objetivo estudar a
influência da reutilização do substrato de casca de arroz carbonizada, o efeito do
emprego de mudas da cultivar Aromas, produzidas nas condições locais e o
arranjamento de plantas na linha de cultivo, simples ou desencontrada, sobre a
produção e distribuição da colheita. O Experimento 2 teve como objetivo avaliar os
efeitos de diferentes tipos de mudas e sua procedência, das cultivares Aromas e
Camarosa, sobre a produção de frutos. Os Experimentos 3 e 4, realizados no ciclo de
cultivo 2017/2018, seguiram os mesmos fundamentos dos Experimentos 1 e 2, todavia
sem a renovação de substrato ou muda, realizando-se apenas poda total das plantas,
em 18 de março de 2017.A reutilização do substrato de casca de arroz carbonizada
em cultivo subsequente tende a melhorar as respostas produtivas da cultura; mudas
produzidas nas condições locais (experimento 1) apresentam produção de frutos
inferior a das mudas importadas, 528,93 e 567,06g planta-1
, respetivamente, no
primeiro ciclo, e de 813,50 e 1031,60g planta-1
, respetivamente, no segundo ciclo,
todavia, antecipam o período de colheita, podendo ser uma alternativa frente à mudas
importadas na obtenção de colheitas precoces; arranjo de plantas dentro da linha de
cultivo não altera as respostas produtivas da cultura; mudas produzidas nas condições
locais e com indução floral artificial não melhoram as respostas produtivas das plantas
das cultivares “Camarosa” e “Aromas”; no primeiro ano de cultivo, as cultivares
“Camarosa” e “Aromas”, apresentam comportamento produtivo semelhante ao de
mudas locais sem tratamento de indução e ao de mudas importadas. No segundo ano
de cultivo, podem inclusive apresentar respostas inferiores; mudas nacionais sem
tratamento de indução da cultivar “Camarosa” propiciam produção de frutos
comerciais superior à das mudas importadas em segundo ano de cultivo; para a
cultivar “Aromas”, as mudas importadas promovem maior produção de frutos no
segundo ano de cultivo; independente da cultivar, o cultivo de mudas produzidas nas
condições locais com torrão permite antecipar o transplante, com ganhos na produção
precoce, tornando-se uma alternativa frente à mudas importadas.