Yogasūtra de Patañjali: uma análise das traduções brasileiras
Resumo
O presente estudo analisa a tradução do Yogasūtra de Patañjali para o
português brasileiro, concentrando-se em termos centrais da obra em questão – em
especial, “Viveka” (discriminação), “Samādhi” (absorção meditativa) e “Kaivalya”
(Libertação). O objetivo é compreender de que modo os tradutores realizaram a
transposição desta complexa terminologia, buscando entender as escolhas feitas e
as nuances hermenêuticas a elas subjacentes. A pesquisa abrange três traduções: a
de Gloria Arieira (Patañjali, 2017), a de Lilian Gulmini (Patañjali, 2002) e a de Carlos
Eduardo G. Barbosa (Patañjali, 1999). A primeira parte da dissertação, além de
explorar a recepção do Yogasūtra via tradução no contexto brasileiro, busca
observar o papel que estas traduções têm para moldar a visão dos leitores a respeito
do texto. Na análise da tradução de termos como “Viveka”, “Samādhi” e “Kaivalya”, a
investigação ressalta suas acepções com base na relevância que adquirem nas
tradições do Yoga, Saṁkhyā e Vedānta, correntes de pensamento que fundamentam
as traduções analisadas e as diferenças interpretativas desses conceitos cruciais.
Em suma, o estudo busca aprofundar a compreensão da complexidade da tradução
e interpretação de conceitos do Yogasūtra de Patañjali, fornecendo uma análise
crítica das escolhas feitas pelos tradutores e sua relação com as tradições
hermenêuticas envolvidas.

