Ecofisiologia de produção forragem de azevém cv. BRS Integração sob diferentes intensidades de desfolhas em diferentes momentos fenológicos
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar respostas morfofisiológicas de uma cultivar precoce (BRS Integração) de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) submetida a diferentes intensidades de desfolhas em diferentes momentos fenológicos da cultura. O experimento foi conduzido na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado (31°80’S e 52°40’W), no município de Capão do Leão/RS. As intensidades de desfolhas foram ao 0% (rente ao solo), 25% e 50% da altura das plantas no momento pré-desfolha, as quais foram manejadas com única frequência de desfolha, tempo necessário para a expansão de duas folhas (2F). Os 4 momentos fenológicos foram resultantes do 1º; 2º; 3º e 4º rebrote. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em esquema fatorial 3x4 (3 intensidades x 4 momentos) com 3 repetições. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Por ocasião do 1º rebrote houve adequada estrutura e elevada colheita de lâminas vivas na desfolha menos intensa (50% da altura da planta). A desfolha mais intensa (rente ao solo) propiciou maior colheita de forragem apenas por ocasião do 1º corte, porém a proteína bruta e a estrutura foram piores. No 2º rebrote não houve diferenças quanto a quantidade de forragem colhida. Permaneceu a alta proporção de lâminas vivas colhidas na desfolha menos intensa, porém a estrutura e o valor nutritivo foram melhores na desfolha intermediária. No 3º e 4º rebrotes a melhor estrutura e valor nutritivo ocorreram em desfolhas mais intensas (0% e 25%); especialmente pelo maior controle do alongamento dos entrenós. Todavia, entre as mais intensas, a desfolha intermediária possibilitou maior colheita de forragem, pois houve menor morte de menos perfilhos em relação a desfolha mais intensa (rente ao solo). A desfolha intermediária também apresentou maior colheita de forragem em comparação a desfolha menos intensa (50%). Deste modo a intensidade intermediária de desfolha determina as melhores respostas morfofisiológicas, sob o aspecto forrageiro, do azevém anual de ciclo precoce, pois propicia de forma concomitante, alta quantidade de forragem colhida de alto valor proteico nos diferentes momentos de desfolha.