Toxicidade de óleo essencial de Piper fuligineum Kunth (Piperaceae) sobre Euschistus heros Fabricius (Hemiptera: Pentatomidae), e seletividade em Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Scelionidae)
Resumen
O percevejo-marrom da soja é uma praga prejudicial às plantações
brasileiras, demandando múltiplas aplicações de inseticidas. O Manejo Integrado de
Pragas (MIP) destaca alternativas sustentáveis, como o uso de óleos essenciais (OEs)
de plantas, como o de Piper fuligineum, da família Piperaceae, reconhecido por suas
propriedades inseticidas. Estudos mostraram que há potencial para controle de
insetos, sugerindo sua utilidade como biopesticida, oferecendo uma opção mais
sustentável que os inseticidas convencionais. No entanto, há preocupações com os
efeitos indiretos em inimigos naturais, como o parasitoide Telenomus podisi, que já e
usado no controle de percevejos. Embora a família Piperaceae demonstre eficácia
contra diversas ordens de insetos, é necessário avaliar a seletividade do OE de P.
fuligineum para o T. podisi. Os resultados revelaram uma baixa seletividade do OE,
mesmo em concentrações reduzidas, apontando a necessidade de estudos adicionais
para compreender seu impacto nos estágios de desenvolvimento do parasitoide. O
estudo destaca o potencial do OE de P. fuligineum como uma ferramenta promissora
no controle de pragas, mas enfatiza a importância de avaliar seu impacto nos inimigos
naturais, como o T. podisi, antes de sua ampla utilização na agricultura. Essa
abordagem seletiva pode oferecer soluções sustentáveis para o manejo de pragas,
mas requer uma compreensão mais profunda de seus efeitos em diferentes contextos
agrícolas para garantir a eficácia e a preservação dos inimigos naturais.