Obtenção e caracterização de antioxidantes derivados de xantana
Abstract
studos recentes têm demonstrado o potencial antioxidante de polissacarídeos, 
dentre os quais destaca-se a xantana, um espessante microbiano com 
propriedades reológicas e estabilidade excepcionais. Segundo uma nova linha 
de pesquisa, a atividade antioxidante desse polissacarídeo pode ser aumentada, 
por meio de modificações químicas. Entretanto, o fato de não haver um método 
adequado à determinação do potencial antioxidante da xantana natural, devido 
sua elevada viscosidade, tem prejudicado a avaliação da eficiência das 
modificações químicas propostas para a goma. Assim, objetivou-se, neste
trabalho, adaptar os tradicionais métodos dos radicais DPPH (2,2-difenil-1-picril hidrazil) e ABTS (2,2’-azino-bis (3-etilbenzotiazolina) 6-ácido sulfônico) à
determinação da atividade antioxidante de xantana e, por meio de hidrólise com 
peróxido de hidrogênio, obter derivados de maior atividade antioxidante e que, 
ao mesmo tempo, mantenham uma viscosidade elevada. Realizaram-se três 
adaptações a partir das determinações das interferências da amostra xantana 
nos métodos e propuseram-se formas de viabilizar as análises; considerou-se 
mais adequada a adaptação do método ABTS pela praticidade e 
reprodutibilidade. Utilizou-se Delineamento Composto Central Rotacional 
(DCCR) 22 para determinação da influência da proporção de H2O2 e do tempo 
de reação sobre os parâmetros atividade antioxidante, teor de acetila e piruvato 
e viscosidade dos derivados de xantana produzidos. A melhor condição de 
hidrólise estudada foi 1,6% de H2O2 e 24h de reação a 65ºC em pH13. O pH 
básico da reação desacetilou a xantana, mas não afetou o teor de piruvato. Não 
foi possível produzir um derivado com aumento do potencial antioxidante sem 
perda excessiva de viscosidade. O incremento do percentual de inibição obtido 
pela hidrólise da goma xantana com H2O2, embora tenha sido significativo, não 
se mostrou satisfatório para justificar a modificação química.

