A crise socioecológica no labirinto do capital : uma análise das relações entre humanidade e natureza a partir dos conceitos de entropia e sociometabolismo
Resumen
A presente tese sobre “A crise socioecológica no labirinto do capital: uma análise das relações entre humanidade e natureza a partir dos conceitos de entropia e sociometabolismo” tem como ponto de partida o cenário de crise do capitalismo atual, que, em termos históricos, espalhou-se por todas as partes do globo sob o domínio da mercadoria. Ela é perceptível tanto em temos sociais, no desemprego estrutural e na precarização do trabalho, como em termos ecológicos, indo desde a desestruturação dos solos pela agricultura industrial e homogênea até o aquecimento global, com previsões catastróficas para o presente e para o futuro. Esta relação-limite revela, de algum modo, o que Marx chamou de rachadura ou falha metabólica sob as relações produtivas e sociais, a partir do mando do modo de produção capitalista, ou o que Georgescu-Roegen chamou de processo entrópico da irreversibilidade. Com ênfase na síntese destas duas perspectivas teóricas, a tese se situa na problemática da existência de uma crise socioecológica profunda, onde o fundamento teórico-prático desta; repousa no sociometabolismo, no sentido marxista, e na noção de entropia, a partir da bioeconomia, como uma poderosa ferramenta de interpretação e compreensão qualitativa das relações sociais e ambientais no presente tempo com “Um todo manifesto”. A tese visa, assim, contribuir para o campo das ciências humanas na pretensão de propor uma visão ampla e criteriosa das relações entre a humanidade e a natureza e do papel da educação frente a este processo, para além das tramas do capital e da ideologia do desenvolvimento verde. A estrutura da tese consiste num aprofundamento do pensamento de Marx sobre a natureza e o metabolismo, e da questão da entropia em Georgescu-Roegen, bem como da evidência teórico-prática destas duas visões de mundo. Para tanto, ela propõe um todo estruturado para a análise da crise socioecológica: No primeiro capítulo, no marco teórico, recorrendo ao pensamento de Georgescu-Roegen e Marx; no segundo, a dupla visão da crise e os limites do desenvolvimento verde; no terceiro, a historicidade da crise a partir da evolução do metabolismo, até o papel dos sujeitos e da educação como uma das dimensões necessárias para outro sistema metabólico/entrópico e conciliatório entre a
humanidade e a natureza no quarto capítulo, onde o metabolismo e a entropia se articulam como um salto de qualidade.
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