Herdabilidade e segregação de caracteres de importância econômica no pessegueiro
Fecha
2016-08-29Autor
Dini Viñoly, Maximiliano Antonio
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A cultura do pessegueiro [Prunus persica (L.) Batsch] vem crescendo em todo o
mundo, devido ao aumento no consumo de frutas in natura e de seus produtos
industrializados. No Brasil, em parte, o crescimento deve-se ao melhoramento
genético. Essa área de pesquisa, visando a obtenção de novas cultivares que
produzam frutos de qualidade, tenham alta produção, adaptação climática, e
apresentem resistência às principais doenças é de muita importância para a expansão
da cultura. O conhecimento dos parâmetros genéticos, fenotípicos e ambientais que
influenciam direta ou indiretamente nos caracteres de importância econômica em
pessegueiro são de fundamental importância para o delineamento dos programas de
melhoramento desta frutífera, permitindo antever a possibilidade de sucesso com a
seleção de diferentes genótipos em diferentes ambientes. O objetivo central deste
trabalho foi buscar fontes de resistência à podridão-parda; estudar a segregação;
estimar a herdabilidade e verificar a possível existência de efeito materno em alguns
caracteres de importância econômica no pessegueiro. Foi constatada variabilidade
fenotípica e segregação transgressiva, para os caracteres fenológicos estudados nas
populações avaliadas. A herdabilidade para o período de desenvolvimento do fruto,
data de plena floração e data de maturação, é alta a muito alta, permitindo um rápido
ganho genético para estes caracteres fenológicos. A herança desses caracteres
fenológicos estudados é predominantemente aditiva, e os desvios podem ser
atribuídos a um possível efeito materno ou a genes de efeito maior. Foi observada a
presença de segregação transgressiva para os parâmetros referentes à tonalidade da
cor da polpa (ângulo Hue, croma e luminosidade), e a herdabilidade estimada foi alta,
possibilitando rápido avanço genético também para este caráter. A herança da
tonalidade da cor da polpa é predominantemente aditiva, e os desvios podem ser
atribuídos a genes de efeito menor, sem constatar-se indícios de efeitos maternos. O
ângulo Hue é o parâmetro correto para classificar e estudar a tonalidade de pêssegos
e nectarinas de polpa amarela, e o parâmetro luminosidade pode ser uma opção para
o estudo dos frutos de polpa branca. O uso dos três parâmetros em conjunto possibilita
melhor representação deste caráter. Para os caracteres de resistência à podridãoparda em flores e frutos, nas populações estudadas, foi verificada alta variabilidade
genética. As cultivares Maciel e Cerrito foram os genitores de maior resistência à
podridão-parda nas flores, e transmitiram essa característica a suas progênies. As
seleções Conserva 947 e Conserva 1600 foram os genitores de maior resistência à
podridão-parda nos frutos, com um nível de resistência similar a ‘Bolinha’, transmitindo
essa característica a suas progênies. A herdabilidade da resistência à podridão-parda
nas flores (incidência e severidade) e nos frutos (diâmetro da lesão e esporulação),
no pessegueiro, é média. A seleção dos genitores, baseada no fenótipo, possibilita
um médio avanço genético para esta característica.
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