Avaliação da qualidade do solo, sob cultivo de tabaco (Nicotiana tabacum L.), em propriedades agrícolas familiares no município de Pelotas - RS

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Data
2017-03-30Autor
Nunes, Rafael Barcellos
Nunes, Rafael Barcellos
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Mostrar registro completoResumo
O tabaco é uma cultura de grande importância econômica no Brasil, sendo
esse o segundo produtor mundial. O estado do Rio Grande do Sul é o maior
produtor Brasileiro. O município de Pelotas mesmo não caracterizando se
como um grande produtor de tabaco, cultura representa uma fonte geradora
de renda muito importante. Entretanto, o cultivo de tabaco ocasiona diversos
problemas relacionados ao mau uso do solo, haja visto, que o referido cultivo é
muito intenso, o que causa muitos desgastes ao solo. O objetivo deste trabalho
foi, portanto, construir um diagnóstico da qualidade do solo em áreas
submetidas ao cultivo do tabaco, com no mínimo 15 anos de produção
contínua, localizadas no município de Pelotas, RS. Para se construir este
diagnóstico foram avaliadas, além das áreas com tabaco, áreas adjacentes
com vegetação nativa. Para mensurar a qualidade do solo foram selecionados
uma cesta de indicadores, contemplando a propriedades físicas, químicas,
biológicas e microbiológicas do solo. As quais foram: densidade do solo,
porosidade total, microporosidade, macroporosidade, resistência a penetração,
diâmetro médio ponderado dos agregados, pH, matéria orgânica, capacidade
de troca de cátions, teor de Al e Na, macronutrientes (K, P, Ca, Mg),
micronutrientes (Mn, Zn, Cu), relação de ácaros e colêmbolos (mesofauna),
minhocas (macrofauna), carbono da biomassa microbiana, respiração basal e
quociente metabólico. Os resultados químicos mostram alterações
significativas quando comparadas às vegetações nativas, principalmente pela
perda de matéria orgânica e menor capacidade de troca de cátions da área
cultivada com tabaco. Já os físicos apresentam valores estatisticamente
inferiores aos da vegetação nativa, principalmente em relação aos valores de
diâmetro médio ponderado. Os indicadores biológicos mostram valores abaixo
do recomendado. Por sua vez, os indicadores microbiológicos apresentam
valores inferiores para o carbono da biomassa microbiana nas áreas cultivadas.
Neste sentido, concluiu se que a produção intensiva de tabaco ocasiona
perdas na qualidade do solo como um todo.
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