Efeito da formação de biofilme por Staphylococcus coagulase positiva isolados de queijo mussarela elaborado com leite de búfala sobre a sensibilidade a sanitizantes

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Data
2017-07-20Autor
Friedriczewski, Anelise Bravo
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A mussarela de leite de búfala, principal tipo de queijo obtido a partir desse leite no Brasil, é um produto novo no mercado, com alta aceitação pelos consumidores e excelentes perspectivas de comércio. O queijo é um alimento rico em nutrientes, o que favorece a proliferação de micro-organismos que podem provocar toxi-infecções ou intoxicações nos consumidores. A gastrenterite estafilocócica é causada pela ingestão de alimentos que contenham enterotoxinas produzidas por Staphylococcus coagulase positiva. Um problema que pode dificultar a eliminação de microorganismos
indesejáveis na indústria de alimentos é a formação de biofilme. O objetivo deste estudo foi determinar o efeito da formação de biofilme por Staphylococcus coagulase positiva (SCP) isolados de queijo mussarela de búfala sobre a sensibilidade a sanitizantes. A partir de contagens de SCP realizadas em 50 amostras de queijo mussarela de búfala foram obtidos isolados, que foram comparados entre si por rep-PCR e identificados bioquimicamente e por multiplex PCR. As cepas distintas foram testadas quanto a formação de biofilme em placas de microtitulação. As cepas forte formadoras e uma não formadora de biofilme foram testadas em superfícies de polietileno de alta densidade, aço inoxidável e vidro. Também foram testadas quanto à sensibilidade ao hipoclorito de sódio e ao iodo após a formação do biofilme. Vinte amostras de queijo albergavam SCP, entretanto as contagens estavam dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira. A rep-PCR mostrou que cada uma das amostras que estavam contaminadas apresentava uma única cepa, as quais foram identificadas como S. aureus. Dois isolados foram classificados como forte formadores de biofilme, sete como moderados formadores, dez fracos formadores e um como não formador de biofilme. As duas cepas forte formadoras produziram biofilme nas três superfícies testadas. A aplicação dos sanitizantes hipoclorito de sódio e iodo promoveu uma redução das populações bacterianas de aproximadamente 2 log em todas as superfícies, tanto das cepas formadoras de biofilme como da não formadora. Embora as cepas formadoras de biofilme não sejam mais resistentes aos sanitizantes hipoclorito de sódio e iodo do que as não formadoras, elas atingem maiores concentrações no biofilme, o que resulta em maiores populações bacterianas remanescentes após a aplicação dos sanitizantes.
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