Da feitura de si: por um gesto artístico na formação.
Abstract
Essa tese a feitura de si como processo de formação de si que toma da arte o seu modo de trabalho, propondo um gesto artístico na formação do si docente. Trata-se de uma atitude frente à formação, que se conduz pelo fio de um cuidado, que é cuidado com os modos de laboração de si mesmo. Propõe-se a escrever o si que se constitui docente, compondo matérias oriundas de estudos conceituais na
interlocução com 4 gestos artísticos: salto para vazio, de Yves Klein, propondo a experimentação de si como modo de processo formativo que se aproxima dos processos de trabalho da arte; a performance de Marina Abramovic e Ulay, Imponderabilia, como disparadores para afirmar o si como corpo; Asterism, de Gabriel Orozco exercita a atitude de tomada de posse de si mesmo, de constituir-se
senhor das próprias experiências; Sistema Produtivo, de Lia Menna Barreto, conduz para um si que se constitui artisticamente, por meio da noção de cultivo e da formação como alargamento de si. A formação como máquina de bordar, encaminhando para a defesa da constituição de um ethos docente que faz por meio da feitura de si. Conceitualmente, exercita-se pelo pensamento tardio de Michel
Foucault, fundamentando-se na ética do cuidado de si. Busca pistas lá onde se pleiteou uma estética da existência, no modo de vida dos gregos antigos, em que a ética se propôs por meio de uma ocupação de si, refletindo um quadro de atitudes de cuidado de si, propondo a vida como obra de arte.
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