Memórias e trajetórias de egressas das escolas normais Assis Brasil e São José em Pelotas/RS, no período do governo de Leonel Brizola (1959-1963)
Fecha
2018-06-05Autor
Louzada, Maria Cristina dos Santos
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O presente estudo, vinculado à linha de Filosofia e História da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Pelotas, é resultado de uma pesquisa de abordagem historiográfica. Privilegia analisar aspectos da memória e das trajetórias de normalistas, bem como o início de suas inserções profissionais como jovens professoras primárias egressas de dois Cursos de Formação Docente existentes em Pelotas: o Curso de Formação de Professores
Primários do Colégio São José, instituição católica privada, e o Curso de Formação de Professores Primários da Escola Normal Assis Brasil, instituição estadual de ensino público. A periodização do estudo corresponde ao governo de Leonel Brizola nos anos de 1959 até 1963, que adotava como lema: “Nenhuma criança sem escola no Rio Grande do Sul”. A pesquisa justifica-se por dar visibilidade à história da formação de professoras primárias e de suas práticas docentes entre as décadas de 1950 e 1960, contribuindo com as investigações sobre instituições formadoras de docentes em nível de ensino secundário. Objetiva investigar, através das narrativas e trajetórias, a formação discente das normalistas egressas do São José e Assis Brasil e suas práticas docentes iniciais, especialmente em escolas primárias do interior do Rio Grande do Sul, onde constituíram intensas experiências de vida como mulheres e professoras. Isso num período em que os contratos emergenciais adquiriam um papel de experiência docente, como um status de desafio às normalistas, que ainda jovens eram submetidas a lecionar, algumas morando longe de suas famílias, em geral nas próprias escolas onde exerciam a docência. Para a compreensão da memória como categoria de análise, foram utilizados os
referenciais de Halbwachs (2006), Bosi (2004), Candau (2011), Burke (2008) e Chartier (2009). No que tange à História Oral: Portelli (1997), Thompson (1992), Ferreira e Amado (1998) e Alberti (2005). Para as escritas de si, são referenciados Gomes (2004), Cunha (2007) e Perrot (2005). Sobre trajetórias docentes e discentes, Abrahão (2006), Bourdieu (1996) e Fischer (2005 e 2011). A partir da análise das narrativas e dos documentos escolares, pude verificar que as políticas educacionais de expansão das escolas primárias, no início da década de 1960, interferiram diretamente na trajetória docente das professoras recém formadas e na sua opção pelo exercício do magistério estadual.
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