Os imaginários e os trajetos formativos de professores iniciantes de matemática
Abstract
O presente trabalho refere-se à minha Tese de Doutorado que integra a linha de pesquisa Cultura Escrita, Linguagens e Aprendizagem do Programa de Pós -Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas, no Grupo Estudos e Pesquisas sobre Imaginário, Educação e Memória (GEPIEM). Tem como objetivo investigar como se constitui os imaginários sobre docência presente s no professor
iniciante formado em Matemática pela UNIPAMPA, entre 2010 e 2014, a partir do seu início na profissão. Esta tese parte da premissa de que o início da docência de professores de Matemática assenta-se em imaginários, de onde emergem elementos simbólicos propulsores neste início da vida profissional e, por consequência, com uma singularidade presente no processo docente, mas conectada ao imaginário coletivo. Para isso, a pesquisa fundamentou-se na Antropologia do Imaginário e nos Processos (Auto)formativos com vistas nas experiências vividas e nos trajetos formativos destes professores iniciantes. A investigação foi realizada perpassando do individual ao coletivo, com quatro
professores (três mulheres e um homem). Cada um produziu três modalidades de narrativas, distintas: a) narrativa oral, decorrente da entrevista individual; b) narrativa oral, em encontro coletivo; e c) narrativa escrita. No momento da produção dos dados foi criada uma técnica denominada “auto(bio)scopia”, baseada na autoscopia e no seminário de investigação-formação de Marie -Christine Josso. O aporte metodológico, para sua posterior análise vinculou-se à metodologia do tipo mitocrítica proposta por Gilbert Durand e contou-se com três objetivos específicos: a) capturar as imagens singulares sobre docência, sendo o fio condutor do processo de como se constitui o imaginário destes professores; b) desvelar se existem e quais elementos simbólicos constituem o imaginário dos professores iniciantes de matemática; e, c) identificar o imaginário coletivo dos professores iniciantes de matemática. Sendo assim, encontrei sete mitemas (pequenos temas simbólicos). Estes denotam polarizações referentes aos regimes de imagens estudados pelo viés da Antropologia do Imaginário e revelaram conteúdos simbólicos que estão subsumidos nos imaginários dos trajetos formativos emergidos das narrativas dos investigados. Os pequenos temas – mitemas – encontrados foram os seguintes: 1) árvore - amadurecimento da vida; 2) PIBID – pedra viva; 3) oráculo - encontro
formador; 4) espelho – redobramento; 5) morada-ninho – escolha da profissão; 6) constituindo-se docente – larva/borboleta; e 7) ritos de entrada na docência – enfrentamento com o desconhecido. Ao final, concluo que este estudo traz como grande mitema o elemento simbólico do Centro, que significa o encontro com uma unidade profissional, aqui entendido como o encontro com os seus “mundos”, o centro de suas salas de aula. Essa foi a grande imagem que emergiu de toda s as
narrativas. Portanto, infiro que os Imaginários dos Trajetos Formativos de destes Professores I niciantes de Matemática passam pelos sete mitemas em direção ao encontro da unidade profissional.
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