Experiências de si: formas de fazer cotidiano em sala de aula

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Data
2019-03-13Autor
Conrado, Gabriela Dutra Rodrigues
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O presente texto apresenta uma pesquisa sobre experiências de si de vinte e um estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola localizada na periferia do município de Pelotas-RS. O estudo fez aproximações com o pensamento de Michel de Certeau sobre cotidiano e com a concepção Etnomatemática trabalhada pelo Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Educação Matemática e Sociedade (GIPEMS/UNISINOS), buscando compreender como articular cotidiano e Matemática Escolar no currículo dos anos finais da Educação Básica. Para tanto, foram realizadas atividades pedagógicas com o intuito de construir uma experiência educativa que priorize a cultura dos/as estudantes. Utilizamos a expressão experiência no sentido adotado por Jorge Larrosa, discutindo-a em três dimensões: ótica, discursiva e jurídica. As experiências de si dos/as estudantes foram analisadas a partir dos jogos de linguagem dos sujeitos escolares, evidenciando as subjetividades e relações de poder no bairro e na sala de aula de matemática, para isso a obra de Ludwig Wittgenstein foi fundamental. As experiências de si mostram que os/as estudantes buscam compreender as relações de poder nas quais estão envolvidos, criam saberes para sobreviver à ordem dominante no bairro e estão atentos às oportunidades para ganhar vantagens no espaço onde vivem e na sala de aula de matemática. As experiências apontam ainda para a constituição de subjetividades a partir de uma percepção hierárquica dos saberes escolares em relação a outras formas de saber.
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