“O rio é meu e ninguém mexe”: lugar, paisagem e patrimônio na percepção de moradores alocados em Pedro Osório e Cerrito para com o rio Piratini.
Abstract
Com a fenomenologia merleau-pontyana como arcabouço filosófico e a geografia
humanista vista como um de seus desdobramentos transdisciplinares, são
abordadas as categorias espaciais lugar e paisagem e suas respectivas imbricações
na construção memorial e identitária na percepção de moradores alocados em
Pedro Osório e Cerrito – dois municípios situados no sudoeste do Estado do Rio
Grande do Sul, no Brasil – para com o Rio Piratini – bacia hidrográfica que separa as
duas localidades, através do registro das narrativas de história oral e memórias de
vida dos entrevistados e de seus registros imagéticos. As entrevistas, entendidas
como fonte de expressão da subjetividade e da percepção dos narradores, são
evocadas com o intuito de descrever o sentimento de interiorização dos moradores
para com o objeto enunciado, bem como a ambivalência potencial em que se
encontram inseridos – visto o rio que serve de suporte para atividades fruitivofuncionais
também significar perigo, como nas ocorrências das inundações urbanas.
Dessarte, situada no campo da Memória Social e do Patrimônio Cultural, a pesquisa
pretende esboçar um panorama do atual tratamento concedido à categoria de bem
patrimonial Paisagem Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico
Nacional (IPHAN) no Brasil.
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