Cem anos do Porto do Rio Grande? memória e esquecimento de um Porto Velho e de uma “Barra Diabólica”.
Abstract
Esta dissertação tem por objetivo principal investigar os motivos pelos quais as
autoridades do Porto do Rio Grande sustentam como marco inicial das atividades
desta instituição, comemorado anualmente, o ano de 1915, e omitem o tempo
anterior a essa data nas comemorações. Por que comemorar somente um
século, comemorado em 2015, se oficialmente o Porto tem quase 280 anos de
operação, uma vez que se estabeleceu na formação da cidade, no ano de 1737?
Para estudar o período omitido se atravessou a história do Porto, e apontaramse
marcos importantes, anteriores a 1915. Para isso, foi utilizada como
metodologia de trabalho a pesquisa qualitativa, na qual se fez uma revisão
bibliográfica e documental; e como método de trabalho, foram utilizados o
paradigma indiciário e a história oral. Também foram estudadas as questões de
políticas de memória e de esquecimento, presentes nas comemorações, que
também podem ser consideradas lugares de memória e invenção da tradição.
Como resultado, concluímos que, nas comemorações, existe um esquecimento
por omissão, ocasionado pela falta de pertencimento de suas autoridades, cuja
consequência resulta em enfraquecimento da identidade portuária, e pela
facilidade de operação devido a inauguração dos Molhes da Barra e da
modernização das técnicas e da estrutura, que o Porto Novo propiciou a partir
de 1915, frente à insuficiência da profundidade do cais do Porto Velho nesta
época.
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