O Feitiço da Preta Velha tem (Re) existência de Preta Nova: uma etnografia arqueológica da materialização do Sagrado Afro-diaspórico na Vida Cotidiana das Periferias de Bagé e Pelotas, RS.
Abstract
O feitiço da Preta Velha consiste na materialização de práticas afro-religiosas que perpetuam elementos culturais da diáspora africana, a qual se faz possível pela resistência da Preta Nova, a mulher negra que cuida do sagrado em seu lar fazendo com que saberes e crenças ancestrais resistam às múltiplas formas de opressão impostas pelo colonialismo na vida cotidiana das periferias. Para entender a materialização do mundo espiritual frequentei terreiras em Bagé e Pelotas, observando e aprendendo sobre as práticas afro-religiosas nos espaços sagrados da Umbanda Cruzada. Nesse sentido, esse trabalho buscou uma abordagem embasada em estudos feministas e descoloniais para apresentar uma etnografia arqueológica das coisas que materializam Orixás e entidades espirituais nos espaços sagrados contemporâneos, os quais, por intermédio dos conhecimentos situados das pessoas afro-religiosas, nos levam a compreender as energias, potências existenciais e a ancestralidade que permeiam os espaços escravistas que estudamos na arqueologia da diáspora africana.
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