Espaço escolar, geografia e homofobia: um diálogo entre educação, gênero e diversidade sexual.
Abstract
Com o objetivo de “analisar, sob a ótica da Geografia, o fenômeno da
homofobia e possíveis entrelaçamentos com preconceitos de gênero
manifestados dentro do espaço escolar e universitário”, este estudo traz à tona
a questão da homofobia (e do machismo) presente na sociedade e, sobretudo,
nos espaços institucionais de ensino (escola e universidade). Por meio de um
método misto (simultaneamente qualitativo e quantitativo), inspirado em alguns
preceitos etnográficos e feministas, a metodologia desta pesquisa compilou
diversos procedimentos para a coleta de dados, com questionário aplicado
para alunos, formulários discursivos para professores do ensino básico e para
universitários de Geografia, e ainda entrevistas gravadas com membros de
direção de quatro escolas da cidade de Pelotas. Com isto, se tornou possível
investigar alguns fatores que influenciam na variabilidade dos fenômenos de
homofobia e machismo, como é o caso da família (através da “transferência” de
saberes geracionais tradicionais), da religião (e a influência do conhecimento
teológico), bem como, o não (re) conhecimento científico em relação aos
estudos sobre Gênero e Sexualidade. Juntamente a isto, somam-se outros
fatores observados nesta pesquisa, como: a deficiente formação/atuação
docente, o imaginário dos professores (formados ou em formação), e a história
do pensamento geográfico e sua contribuição diante das temáticas
pesquisadas. Com este estudo, por fim, esta dissertação espera servir como
mais um instrumento de reflexão e enaltecimento da relevância científica e
social destas temáticas, em prol de uma sociedade e escola/universidade mais
justa, igualitária e preparada para um ensino na diversidade.
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